Perdem-se na memoria dos tempos os tempos de partilha em comunhão com as pessoas e a natureza e os seus estágios. Este texto evoca em mim essas vivências e a capacidade de observar e sentir os detalhes que a vida "de emergência" que deixamos que nos imponham cada vez torna mais raros.
Que bom seria poder voltar serenamente à tranquilidade do são convivio e da ausência de pressa, outra que não fosse a do passar inexorável do nosso tempo. Viver claramente e saber fazê-lo sem pensar nisso como escreveu Pessoa.
Mas a magia destes dias esgota-se num ápice porque nós assim o permitimos e, centrados em objetivos nos empregos e nas coisas, que só por empréstimo da vida nos pertencem temporariamente, voltamos ao mundo do TER.
É tão urgente sairmos de nós para olharmos para nós e, qual observador desapegado, sentirmos talvez o peso transformador da vergonha que nos fará mudar.
Temos, no amanhecer de cada dia uma oportunidade para iniciar a transformação rumo ao mundo do SER. Saibamos aproveitá-la em 2014.
António Dionisio
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