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CATARINA DINIS DR |
É assustador e revoltante, a cada passo escuto ou leio sobre mortes de mulheres e / ou casais encontrados mortos (homicídio, suicídio) e não consigo deixar de pensar como é possível existirem pessoas que sejam mortas nas mãos daqueles em quem deviam supostamente entregar a sua confiança cegamente.
O que é que justifica esta matança inglória?
Procuram razões sociais, como a falta de dinheiro, a crise, motivos pessoas como o ciúme… doenças mentais, pessoalmente condeno esta chacina que tem invadido as notícias nos últimos anos e não procuro encontrar respostas supérfluas. Sabemos que desde sempre o relacionamento homem-mulher não é fácil como todos os tipos de relação no Mundo. Onde há duas pessoas é fundamental respeitar o limite individual e ter a honradez de saber perder. É mudar de caminho e voltar a nascer.
A violência doméstica não é o caminho para prender o amor ou uma pessoa. É um flagelo da nossa sociedade humana e vivência do quotidiano, que muitas vezes de tão ocupados não damos conta dela…
São inúmeras as vezes que olhamos para um casal e nunca nos apercebemos das falhas que existem entre eles.
Um dia vitima, um dia o agressor, se refletirmos sobre as nossas ações e atitudes diárias veremos quantas vezes vivemos no limiar das agressões e nem tínhamos dado conta.
Quando não é possível ter o que desejamos deveríamos libertar a outra alma, o outro corpo que dizemos amar. Se isso não acontece o amor também não é verdadeiro.
Jamais deixemos de esquecer que Amar não é Magoar.
A sociedade devia abrir os olhos e preocupar-se mais consigo mesma, afinal a nossa vida é tão curta.