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Pelos vistos perdeu-se o comentário anterior, aqui…

Pelos vistos perdeu-se o comentário anterior, aqui deixado na página/blog da BIRD, ainda usando o telemóvel pois estava desprovido, nessa altura, de computador. Não serão as mesmas palavras – estas serão mais longas – mas é a mesma intenção.
– Surpresa, dupla e gratificante: desconhecia que sabias tanto do poeta (pelos vistos estás bem documentada) e jamais imaginei que irias tecer crónica sobre mim e o evento da próxima sexta-feira; nesta surpresa, ainda o facto do "nosso" amigo e editor Ricardo não se ter denunciado – a surpresa foi total.
Querida amiga Teresa – roubo-te as palavras com que tu começaste o teu texto anunciando-me dia 28/10 pelas 21H00 em Miranda do Douro com o meu 8.º filho: o mais novo e o mais desejado por ter duas nacionalidades – a Portuguesa e a Castelhana, e por ser, desde o princípio ao fim "todo meu" (excepto a tradução que foi da amiga Carmen Munõz) agora dado ao público e leitor.
"Todo meu", melhor dito, do meu sangue, porque lhe dei a palavra para viver; "todo meu", ainda melhor dito, porque no acto da criação (refiro-me a todo o processo de edição) pus todo o meu empenho e saber gráfico, quando foi abandonado por terceiros (os meus editores) que argumentaram que não tinham disponibilidade financeira para o mandarem publicar.
Grato por dizeres de mim palavras amáveis e sábias: modéstia à parte, nelas me reconheço. Ignorar isto, era vaidade, fingir que não te entendia, era burrice. Nem de uma coisa nem de outra padeço, felizmente. Porque todo eu, agora, neste tempo de reforma, vivo para duas coisas: os netos e a pesquisa, o estudo e a divulgação da palavra a que me entrego de corpo e alma, por inteiro, neste "desafio sem medo nem tabus" (como dizes), desafiando, provocando e contrariando.
A inquietação e a procura é um dos eixos temáticos da minha poética (que ainda agora vai no princípio e nem sei se terei tempo de lhe ver o fim). Aqui me sinto bem, aqui o "eu-poético" se questiona, questionando-se e questiona a linguagem solicitando à consciência do leitor um profundo exame. Na prosa, a de carácter mais crítico – aquela que nem sempre ajuda a fazer amigos – gosto de fazer uma inquirição aos valores do leitor, gosto de, como o moscardo, picar, incomodar com a picada incomodativa e de os levar a responder com acidez igual à minha, indicando-me caminhos outros a trilhar. É o tal "interesse genuíno de caminhar em conjunto, de aclarar caminhos para aportar algo de novo" como muito bem dizes, amiga Teresa.
Mais uma vez a minha gratidão a ti, Teresa, pelas palavras que encorajam e ao Ricardo por publicá-las. E até sexta, dia 28 às 21H00 nessa encantadora cidade de Miranda do Douro.

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