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AS NOSSAS PALAVRAS

Quando me pedem para escrever sobre determinado assunto, pode correr de duas maneiras. Ou o tempo e a mente se aliam ao ato de escrever e consigo elaborar um texto com facilidade, ou fico a olhar para a caneta e para o papel com a sensação de que, por momentos, não sei escrever. A escrita é isso mesmo. Quem tem prazer em escrever sabe isso.Escrever para a Bird Magazine nunca foi assim “complicado”. Posso escrever sobre o que quero, e só isso já é o maior impulsionador de liberdade para as palavras soltas que vivem em mim. Nunca sinto as palavras presas ao meu próprio ser quando escrevo para a Bird. Elas podem voar…

Comecei a escrever para esta revista há pouco tempo ainda, mas tudo o que aqui partilho vem do mais puro do meu ser. O meu objetivo não é, sinceramente, que as pessoas gostem do que escrevo. Penso que o conceito de gostar não pode ser considerado universal hoje em dia, e por isso prefiro deixar esse termo de lado. Com os meus textos eu pretendo, portanto, que as pessoas sintam e pensem sobre determinados assuntos de maneiras diferentes. É esta diversidade de pensamentos proporcionada pela escrita que traz mudança ao mundo.

Li, em tempos, estas palavras do escritor João Tordo: “Os escritores ordenam o mundo com palavras.” Na Bird Magazine, somos muitos. Se nos agruparem somos apenas vistos como um grupo de escritores. No entanto, dentro desse grupo de escritores, onde todos partilhamos a paixão da escrita, sobressaem tantas diferenças. Idades diferentes, profissões diferentes, passados diferentes, olhares diferentes, estados de alma diferentes…  Cada uma destas pessoas escreve sobre imensas áreas, desde a arte, até à política, à literatura, à economia, à natureza… Tantos assuntos abordados de tantas maneiras diferentes! E tantas oportunidades de aprender, evoluir, inovar, partilhar. É esta diversidade que torna cada crónica tão especial, proporcionando aos leitores experiências únicas de leitura,, novas decobertas, aprendizagens e até novas paixões que possam estar encobertas por outras.

«O pouso das palavras, o voo das opiniões». Não poderia haver melhor definição para este projeto. Tenho o privivilégio de partilhar as minhas palavras nele, e espero que estas sejam geradoras de várias opiniões, pois é assim que se constrói uma sociedade mais culta, mais comunicativa, mais apta a partilhar pontos de vista. É com palavras que se sente, se partilha, se critica, se pensa. A vida são as palavras que dizemos em voz alta, as que pensamos, ou as que escrevemos, e é na Bird Magazine que muitos vivem um pouco mais todos os dias, aproveitando esta sensação presente que as palavras trazem e abrindo sempre espaço para que possam voar em direção a um futuro melhor.

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