Temos a vida preenchida de espaços. E, a espaços, pensamos nisso: reflectimos acerca dos espaços que nos preenchem a vida.
O tempo é esse ser que nos abarca (abraçando) a todos com os seus imensos braços, fazendo-nos prisioneiros de uma era, permitindo um tempo próprio a cada um, feito de passado e presente, que é um flash de futuro (ontem-agora-já).
No dia em que escrevo este texto, dia em que morreu o astrofísico Stephen Hawking, não posso deixar de pensar em algumas reflexões que nos deixou – sobre ser livre e sobre esse segredo de saber estar na vida, o espaço-tempo.
Disse: “não existe tempo absoluto único; em vez disso, cada indivíduo tem a sua própria medida de tempo, que depende de onde ele se encontra e de como se move” (espaço);
Disse: “Ainda que não me consiga mexer e mesmo tendo de falar através de um computador, sou livre na minha mente.”
E tudo isto me fez imediatamente reflectir acerca do aqui e agora que somos, que é um percurso feito de tempo e espaço e de exercício(s) variados, entre os quais aquele por que sempre a humanidade se tem debatido: a liberdade.
A Bird Magazine é isto: espaço e tempo de liberdade – pássaros de liberdade.
A minha participação neste espaço de opinião, por um período que já passa de três anos, tem constituído uma imensa aprendizagem. É uma aprendizagem sobre o que me rodeia, das coisas mais banais, fait-divers, às mais complexas, sobre o exercício de liberdade de opinião e sobre mim, já que me leva a reflexões, que, de outro modo, se não fosse convidada a reflectir, periodicamente e com um compromisso assumido, talvez não me visse na necessidade de as exercer. e também de pouco serviria a partilha dessas reflexões se não fossem as leituras, os comentários, pontos de vista daqueles que seguem atentamente a Bird.
Cada vez mais diversificada, na variedade de áreas de formação e interesse dos seus cronistas – pássaros de liberdade –, o que se tem traduzido, inevitavelmente numa grande diversidade de temas, a revista Bird Magazine cresceu, e está cá para durar.
Ao Ricardo Pinto, o mentor e editor do projecto, devo o convite, que surgiu com base num programa temporário, e… voilá! permaneceu até hoje. Mais de três anos decorridos, só posso dar os parabéns ao Ricardo, aos cronistas aos seguidores, a este conjunto de pessoas e circunstâncias que permitem que o projecto se mantenha vivo e de boa saúde, que o mentor carinhosamente denomina “família Bird Magazine”.
E assim nos encontramos, ontem e hoje, aqui e agora-já, futuro também, neste tecido recurvo que é o espaço-tempo, matéria e não-matéria, naquilo que as nossas capacidades atingem e em muito do que está fora do nosso alcance.
Lembrando Hawking, temos esta vida para apreciar os grandes projectos a que nos dedicamos, dentro do imenso projecto do universo. É por isso que estou grata.
Bem-haja, família Bird Magazine!
Simplesmente adoro esta nova cara da BIRD MAGAZINE. Estou orgulhosa por fazer parte. Muitos parabéns, Ricardo Pinto!