E num instante o dia 22 de outubro de 2014, fica à distância de mais de 60 crónicas!
Escrevia eu, nesse dia, sobre o Dia Nacional da Paralisia Cerebral e a propósito do lançamento do livro “Por acaso…” da autoria da jornalista da RTP Fátima Araújo, com prefácio do Prof. Dr. João Lobo Antunes, uma das maiores autoridades, ao nível da Neurocirurgia. Este livro, é uma reportagem jornalística onde se relata as histórias de vida de cinco jovens que sofrem de Paralisia Cerebral, sendo que sou amigo de uma delas.
Desde essa data e como referi acima, já escrevi mais de 60 crónicas sobre os mais variado temas, sempre integrado nas temáticas da educação, arte, cultura e sociedade. Temas mais ou menos pessoais, mas sempre com especial enfoque nas áreas que me são mais próximas. Escrevi sobre música, programas de talentos, festivais, compositores, bailado, projetos que me são próximos, na área da música e da dança.
Neste dia em que é lançada a nova BIRD, importa fazer um balanço sobre o projeto e a minha participação nele.
Como não poderia deixar de ser, o balanço é extremamente positivo. Quanto ao projeto, devo dizer que não conheço outro igual pelo que me arriscaria a dizer que é único. A variedade de temáticas que diariamente são abordadas é de uma riqueza ímpar. Ter cerca de 3 a 4 cronistas diários, com a qualidade que a BIRD consegue ter, é um motivo de orgulho para todos os que integram o projeto e, como tal, importa aqui uma palavra de agradecimento ao Ricardo Pinto pela persistência, pela crença no projeto e por nos desafiar a partilhar as nossas reflexões escritas sobre os mais variados temas.
A título pessoal e no seguimento do que atrás escrevi, só posso estar extremamente satisfeito e orgulhoso por integrar este projeto do qual sem quase me dar conta, já sou um dos cronistas residentes mais antigos. O gosto pela escrita já é antigo e hereditário. Recordo com saudade os poemas que o meu pai escrevia e que lhe granjearam vários prémios. Se juntarmos a este ADN familiar, um professora de Português do 2º Ciclo, Maria Emília Traça de seu nome, que cultivava os hábitos de leitura e escrita de uma forma absolutamente cativante e inovadora para a época (não era usual fazer uma Biblioteca de Turma naquele tempo nem convidar uma autora da envergadura da Ilse Losa para ir à escola falar aos alunos…), temos todos os condimentos necessários para que esse gosto tenha ganho as proporções que hoje tem.
Um virar de página, pressupõe uma mudança. Uma mudança, deve assentar no que de positivo foi feito como base para conseguir mais e melhor. Estou certo que será este o caminho que a BIRD continuará a trilhar para que continue a ser o pouso das palavras e a permitir o voo das opiniões!