A minha entrada na Bird aconteceu graças a uma amiga de infância dos meus pais e cronista, Lúcia Lourenço Gonçalves, que se lembrou uma altura que eu poderia fazer parte da equipa. Apelou-me ao meu ponto fraco, o gosto pela escrita. E eu, claro, não consegui dizer que não.
Desde miúda que gosto de escrever. Escrevo sobre tudo e sobre nada. Sobre estados de espírito, por vezes mais baixos outras vezes mais altos, sobre injustiças, sobre temas que acho que sou conhecedora e sobre temas dos quais não percebo muito mas nem isso me impede de os abordar em textos. Gosto de escrever, ponto. Às vezes publico, outras vezes ficam apenas no meu bloco de notas. Mas gosto de passar para o papel o que por vezes não consigo deixar sufocado na garganta, preso na cabeça ou até a magoar-me o coração. Há quem goste de me ler. Há quem não tenha pachorra. E depois há aqueles que por gostarem de mim fazem um esforço e leem duas ou três linhas, porque eu às vezes exagero e escrevo testamentos de km e pouca gente tem paciência para tanto.
Hoje sou grata à Bird. Sou grata porque desde Julho que quinzenalmente me deixa matar um pouco este bicho da escrita. Que ao contrário do blog que tenho e só escrevo quando me dá na gana me obriga a cumprir datas de publicações. Sou grata porque é uma plataforma que não julga os seus cronistas por estrato social ou literacia apenas quer que os mesmos escrevam o que lhes vai na alma ou o que lhes passa pela cabeça. Sou grata porque a Bird não censura temas nem altera crónicas com medo de represálias. Sou grata porque nem todos podem publicar um livro mas a Bird dá essa oportunidade nem que seja com a presença de uma crónica no meio de tantas outras.
É bom saber que ainda existem plataformas de apoio a quem gosta de escrever. Que são livres e não cobram para que se publique lá. Financeiramente não cobra. Cobra sim um pouco de dedicação quinzenal o que é ótimo para nos manter no ativo e não nos desleixarmos. Sou grata à Bird como já disse. Sou também grata pela variedade de temas. Uma pessoa que acesse à revista consegue informar-se desde temas como veterinária, odontologia, passando por política, viagens e até temas mais leves como por exemplo, a minha opinião sobre o dia dos namorados. Sou grata à Bird por apoiar esta diversidade. Por oferecer crónicas sobre tudo e mais alguma coisa sem perder a qualidade ou o fio condutor.
Hoje a Bird está de cara lavada. Não que o layout anterior fosse mau, pelo contrário, mas hoje está ainda melhor. E futuramente será melhor ainda. A Bird tem tudo para ir ainda mais longe. Tem cronistas dedicados das mais diversas áreas e estilos de vida que em comum têm o amor à escrita e o gosto por se fazer ouvir. Porque é isso que a Bird faz, dar voz às pessoas. Ouvir o que têm para dizer independentemente do tema. Obrigada Bird por me deixares fazer parte deste grupo. Por publicares os meus textos que são acarinhados por pessoas que nunca vi na vida mas que me dão um feedback positivo. Por levar a minha e as outras vozes mais além. Por fazeres com os meus textos por vezes inspirem outros a fazer algo. Hoje sou grata à Bird. E continuarei a ser por muito tempo…