O que é?
A epicondilite lateral do cotovelo é uma patologia com uma componente degenerativa e causada normalmente por microtraumatismos repetitivos, quer na prática de um desporto, quer de uma atividade laboral.
Afeta, sobretudo, os tendões dos extensores do punho que têm origem no epicôndilo lateral (face lateral do cotovelo).
Esta patologia é vulgarmente chamada de “cotovelo de tenista”, e apesar de se referir que se trata de uma tendinite, há estudos histopatológicos, como o realizado por Nirscl et. Al, que nos dizem que em muitos casos se possa tratar de condição de tendinose, com uma resposta fibroblástica, vascular, que se traduz numa alteração da estrutura do tendão.
Sintomas:
Surge uma dor localizada da face lateral do cotovelo com um inicio gradual. A dor vai aumentando, até que se torna incapacitante, impossibilitando a realização de tarefas simples como carregar um saco de compras ou segurar um copo de água. Fraqueza muscular e dor irradiada até ao punho são outros dos sintomas.
Diagnóstico:
Após o exame subjetivo, realiza-se uma cuidadosa avaliação física, onde são avaliadas as estruturas afetadas.
O diagnóstico diferencial é aconselhado, recorrendo-se à realização de exames complementares como o Raio-X, a ecografia e a ressonância magnética.
Fatores de risco:
Fatores como a idade são indicadores importantes, mas o fator de risco que mais contribui para o desenvolvimento desta condição são os movimentos repetitivos, seja a praticar um desporto ou numa atividade laboral, que causam microtraumatismos e assim danificam as estruturas tendinosas.
Tratamento em Fisioterapia:
O tratamento tem como objetivo diminuir a dor e devolver a função às estruturas implicadas, logo, reprodução do movimento de forma assintomática.
Para isso, o tratamento passa inicialmente por uma intervenção na redução da dor e na promoção da reparação tecidular, o que vai permitir que o tendão seja recrutado sem causar a sintomatologia.
Numa fase intermédia, é realizado o fortalecimento destas estruturas para devolver a capacidade de realizar todas as tarefas necessárias ao dia-a-dia sem o risco de haver uma lesão recidiva.
A integração ao gesto desportivo, ou ao gesto realizado na sua função laboral deve ser realizado quando os anteriores aspetos referidos estiverem assegurados.
Contudo, convém ressalvar que uma parte importante para o sucesso do tratamento é o descanso, logo a interrupção das atividades que causem sintomatologia, seja desportiva ou laboral.
Referencias bibliográficas: