Hoje trago-vos um tema que me é muito particular: a presença.
Num mundo em que a presença é constante num barulho entre redes sociais, telemóveis, e tantos outros meios de comunicação, a ausência chega de fininho e instala-se.
Declaro-me uma filha ausente. Sou de Lousada mas por amor mudei-me para Lisboa e estes 350 km que me separam dos meus pais, moem-me mais um bocadinho todos os dias. Por mais que o telefone diário possa dar uma palavra, nada como a presença física, nada como estar, para que emocionalmente o equilíbrio se dê.
E pensemos: será que os comentários numa rede social são presenças nas vidas das pessoas? Eu gosto da atenção, de saber que há pessoas que estão atentas aos meus passos e ao meu percurso, mas sinto presença? Não. A presença é outra coisa.
Presença é olhar nos olhos quando mais se precisa, presença é segurar a mão da outra pessoa num gesto de entendimento, presença é uma gargalhada conjunta, andar por aí, mesmo em silêncio, porque afinal há tantos silêncios que são grandes presenças.
O que é mais difícil na presença é mesmo o conciliar presenças. Uma presença exige entrega, estar e sentir.
Este artigo é dedicado a todos os meus familiares e amigos que sentem a minha ausência. Na verdade por vezes precisamos de nos distanciar para ver a “Big Picture” e dar valor às presenças que têm valor.
E consigo? Qual é a sua entrega às suas presenças?
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