O meu sobrinho Miguel é maravilhoso. Foi muito querido e muito esperado e nasceu! Nasceu para o mundo e levou a esperança aos olhos dos tios, tias, amigos, amigas e claro, da mãe e do pai.
O nascimento do meu sobrinho Miguel foi para mim a prova de que as amizades são em muitos casos amor, e eu amo a mãe do meu sobrinho Miguel. Amo-a tanto que o meu impulso de tia, de correr para o Miguel foi refreado pelo necessário espaço a dar à mãe do Miguel e ao pai do Miguel, o espaço que não se costuma dar nestas situações. Outros não deram com certeza, mas eu precisava dar. E dei. Por amor dei.
Este espaço mental e físico é necessário e muito saudável. Quando me foi pedido eu compreendi. Doeu mas compreendi, aceitei e sei que foi por amor que me foi pedido e por amor foi concedido.
O meu sobrinho Miguel trouxe-me uma nova amiga, uma amiga que me ama ao ponto de me “dar” um sobrinho, mas uma amiga mais madura, mais mãezona, mais segura. Ela não sabe, mas as palavras que me escreve denunciam-na. Esta pessoa profundamente generosa que é a mãe do Miguel trouxe à minha vida num determinado momento a vivacidade que eu precisava e é na minha vida muitas vezes o meu elo de ligação com o mundo.
O meu sobrinho Miguel é lindo e no sorriso dele cabe todas as emoções que não sendo mãe, as tenho como tia. O meu sobrinho Miguel é especial: especial pelos meses de uma gestação feliz de esperança e especial pelos pais maravilhosos que tem.
Este texto é um elogio ao amor, mais profundo, mais bonito, mais desinteressado, mais puro, mais honesto e mais autêntico. Um amor que é do Miguel e um amor que é da mãe do Miguel.
Para si que me lê, ame. Só assim vale a pena.
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