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Cidadania e Sociedade

DIA DO TRABALHADOR

Há 132 anos atrás, nos EUA, uma manifestação de mais de 500 mil trabalhadores lutavam por melhores condições de trabalho e respetiva redução do horário de trabalho. Nos dias seguintes outras manifestações ocorreram fazendo vítimas mortais. Mais tarde, alguns sindicalistas foram condenados à morte ou a prisão perpétua.

A questão a colocar é: E como estamos hoje? Muito se mudou! Já existe legislação laboral, de higiene e segurança no trabalho, contra qualquer tipo de descriminação ou de assédio moral e sexual, etc. Ou seja, tudo levaria a pensar que os trabalhadores de hoje se encontram reconhecidos, realizados e felizes! Será verdade?

Claro que não! Por que será que inúmeros setores de atividade (educação, saúde, etc) apresentam trabalhadores num estado de elevado stress (distress), próximos de burnout? Hoje o esgotamento psicológico é a nova escravatura do séc. XXI. Sair a horas em muitas empresas é visto como algo estranho… e quando saem transportam mentalmente o seu trabalho para casa!

Que sociedade estamos a construir? Como são muitos dos empresários que temos? Líderes? Quando muito, chefes com o seu autoritarismo e orgulho! Chefes que veem o trabalhador como mais um número que tem de render! Chefes que apenas “mandam”, que apenas exigem….Pois a empresa tem de ter indefinidamente lucros exponenciais! Mas se assim é, porque será que os trabalhadores não se revoltam? Porque precisam desse dinheiro para viver! Pois sabem que se o fizessem, o ambiente na empresa seria de tal forma agressivo, que seriam “convidados” a despedirem-se! Mesmo essa queixa deixaria muito a desejar pois nos ditos “papéis” tudo está em ordem!

Por outro lado, como são muitos dos nossos trabalhadores? Com que profissionalismo fazem o seu trabalho? Como aproveitam a formação/sensibilização proporcionada pela empresa? Como se relacionam com os colegas? Como se relacionam com os superiores? Que prazer têm no que fazem? Como procuram aumentar o seu nível de desempenho? Muitos estão mais preocupados com os direitos do que com os deveres!

Que está a faltar? Conhecimentos? Tecnologia? Mais legislação? Provavelmente não! Apenas mais humanidade,  mais Ética!

Assim, as empresas do futuro, denominadas “vivas”, “autentizóticas,” são aquelas que reconhecem o Capital Humano como o principal fator de distinção em relação à concorrência. São aquelas que efetivamente querem os seus trabalhadores felizes, realizados pessoalmente e profissionalmente. São aquelas com objetivos que  incorporam os dos seus colaboradores. São aquelas em que o chefe dá lugar ao líder, íntegro, justo, colaborador e visionário. São aquelas que implementam uma cultura de empresa baseada na empatia, confiança, respeito e assertividade. São aquelas em que o trabalhador é “ele” mesmo, colocando o seu talento, o seu potencial, a sua criatividade apaixonadamente ao serviço da “sua” empresa! São aquelas em que o salário do trabalhador acompanha a curva de crescimento da empresa. São aquelas em que o salário emocional faz com que o trabalhador se sinta mais humano, vivo e mantenha relações pessoais positivas e duradouras. São empresas que têm uma elevada responsabilidade social e ambiental.

Nestas empresas o trabalhador veste genuinamente a “camisola”, têm orgulho nos seus produtos ou serviços, assim como nos seus líderes!

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