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PINTOR E CERAMISTA PORTUGUÊS EXILADO EM PARIS

Manuel Cargaleiro, nasce a 6 de março de 1927. Em 1945, inicia as primeiras experiências de modelação de barro, na olaria de José trindade, no Monte da Caparica. Em 1946, inscreve-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Iniciou-se como ceramista na Fábrica Sant’ana, em Lisboa. Em 1949, participa na Primeira Exposição de Cerâmica Moderna organizado por António Ferro no Palácio Foz, em Lisboa. Como bolseiro do Governo italiano, estuda cerâmica em Faiança, Roma e Florença. Estagia mais tarde na Fábrica de Faiança de Gien, em França, com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1954, Manuel Cargaleiro conhece Maria Helena Vieira e Árpád Szenes e em 1957 fixa residência em Paris, onde partilhou o seu apartamento com Lourdes de Castro e René Bértholo. Em 1959, Manuel Cargaleiro vai adquirir o seu ateliê na Rue des Grands Augustins, n.° 19, no sexto bairro de Paris, com a ajuda do seu amigo galerista Édouard Loeb. Neste mesmo ano Manuel Cargaleiro expôs na Galerie Édouard Loeb, ao lado dos artistas como Jean Arp e Camille Bryen.  Foi em Paris que Manuel Cargaleiro, viveu e produziu com maior intensidade. Entre 1960 e 1965, as suas pinturas e a cerâmica que produziu com a Faiencerie de Gien refletem a proximidade com o expressionismo francês. Entre 1971 e 1973, Manuel Cargaleiro, realiza painéis de azulejos encomendados pelo Ministério da Cultura e Comunicação francês.

Para além de ceramista, Manuel Cargaleiro foi pintor. Entre os seus trabalhos públicos, contam-se: os painéis cerâmicos para o Jardim Municipal de Almada (1956); a fachada da Igreja de Moscavide (1956); o painel em cerâmica para o liceu francês de Sauges, Haut-Loire (1971); o painel cerâmico para o Centre Scolaire d’Antibes de França (1972) e de Limoges, França (1973); em 1980, o cartão para a tapeçaria para o novo Edifício Sede da OIT em Genebra; a fachada do Instituto Franco-Português de Lisboa (1983); um óleo sobre madeira para a Companhia de Seguros Bonança (1987); a estação de metro de Lisboa Colégio Militar/Luz (Metro de Lisboa) (1987); o painel de Cerâmica para o empreendimento Estoril Garden (1990); o painel de azulejos na área de serviço da A1 de Vila Nova de Gaia (1995); a estação do Metro de Champs Elysées-Clémenceau, de Paris (1995); o painel de azulejos para a companhia de seguros Império, em Paris (1996); o painel de azulejos para a Caixa Geral de Depósitos em Paris (1996); uma pintura para a Fundação Agha Khan, Lisboa (1998); dois painéis de azulejo para a Câmara Municipal da Guarda (1999); o painel de azulejos para o Museu Provincial da Cerâmica em Itália (2000); os painéis de azulejo para o banco BCP em Paris (2000); o painel para a escola com o seu nome no Seixal (2000); a estação de serviço de Óbidos na autoestrada do Atlântico (2000); a fonte do Jardim Público de Castelo Branco (2004); e o painel cerâmico monumental para Amalfi, em Itália (2005).

O seu nome foi atribuído à Praça Manuel Cargaleiro sita no exterior do Museu Cargaleiro, em Castelo Branco.

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