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HOMEM EM BUSCA DE UM SENTIDO

Nem sempre sabemos qual o caminho a seguir. Cada vez mais ouvimos falar de depressões, de pessoas que, tendo tudo, sentem não ter nada.
A vida coloca-nos em situações inesperadas, difíceis e desgastantes e nem sempre nos encontramos preparados para enfrentar essa luta. Nem sempre sabemos como reagir e resolver esses desafios.
Buscar forças desconhecidas até então, sentir o conforto das verdadeiras amizades e o amargo das falsas. Ter um apoio, uma fé, uma paixão… qualquer coisa que nos segure, que nos guie.
Li recentemente um livro – fantástico na minha opinião – de Viktor Frankl, um médico psiquiatra austríaco, fundador da escola da logoterapia, onde explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da sua existência.
Em poucas páginas (refiro-me ao livro pois a obra na íntegra contém milhares de páginas) este psiquiatra, que foi uma das vítimas dos Nazis, estando 3 anos preso nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, consegue demonstrar como conseguiu sobreviver às dificuldades desse tempo.
Depois de ler (ou deverei dizer devorar) “Homem em Busca de Um Sentido” deparei-me com a seguinte questão:
Como é que um homem que perde a sua família, incluindo a sua amada de 24 anos (grávida na altura em que foram presos) consegue resistir a tantas dificuldades? E não estou a falar de meras dificuldades: a fome, o desespero, a dor, a humilhação…
Como é que um ser humano poderá continuar humano quando é tratado como um bicho, um mero número entre outros tantos?!
Acredito vivamente que para se compreender na totalidade o que digo é preciso ler o livro, não adiantam os inúmeros comentários e análises que encontramos na internet.
Há coisas que só percebemos se formos nós a viver (neste caso a ler).
A atitude que temos perante o sofrimento, perante a adversidade ditará o nosso presente e o nosso futuro. A busca de uma razão para se viver faz toda a diferença ao ser humano.
A mente é maravilhosa!!! Temos de a disciplinar, de a trabalhar…
Quão ridícula é a reclamação de um prato que não nos apraz perante a fome!
Quão insignificante é a reclamação sobre pessoas que não nos agradam na totalidade perante a animalização do ser humano capaz das maiores atrocidades quando tem o poder!
E chegamos então à questão principal:
Se um homem, perante tanta adversidade, consegue encontrar um sentido para a sua existência, porque é que tantos humanos que se rodeiam de família, amigos e conforto acabam com a própria vida?
Porque será que neste século, com tanto desenvolvimento a nível da medicina e a nível tecnológico, o homem não consegue encontrar o caminho para a felicidade? Temos tanto… não temos?
O que nos falta? Um sentido? Uma razão?
Como mostrar aos que não conseguem “ver” a luz da felicidade que existe no dia de amanhã, que existem motivos para viver, que… O sol nem sempre brilha, mas existe!
Dá que pensar, não dá?

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