Aquilino Ribeiro, esteve três vezes exilado em Paris. Autor dramático, ficcionista, cronista e ensaísta português nasceu em Sernancelhe a 13 de setembro de 1885. Aos dez anos vai viver com os seus pais para Soutosa, onde entra para o Colégio da Senhora da Lapa. Em 1900, vai estudar para Lamego, e em 1902 para Viseu para estudar Filosofia e nesse mesmo ano muda-se para Beja para estudar Teologia, mas por não gostar, em 1904 volta para Soutosa. Em 1906 vai para Lisboa e começa a redigir o romance em fascículos. Em 1907, ano agitado na vida política portuguesa, numa manipulação de explosivos guardados em sua casa, ao manipulá-los provocou uma explosão. Dado o alarme, Aquilino Ribeiro é preso. Em janeiro de 1908, evade-se, e em maio, foge clandestinamente para Paris. Aí reside com artistas e escritores portugueses. Em 1910, após a proclamação da República em Portugal, volta a Lisboa, mas regressa de novo a Paris onde vai frequentar a Faculdade de Letras (Sorbonne de Paris). É neste período que Aquilino Ribeiro vai ter ligações com os grandes mestres franceses da Filosofia e da Sociologia. Em 1912 passa a residir na Alemanha onde vai casar em 1913, mas vai voltar de novo a viver para para Paris, onde vai escrever o seu primeiro livro “Jardim das Tormentas” um livro de contos. Em 1914, com a eclosão da da Primeira Guerra mundial, regressa a Lisboa. A partir de 1915, e durante três anos é professor no Liceu Camões. A partir de 1919, entra como segundo bibliotecário na Biblioteca Nacional de Lisboa. Em 1927, comprometido na revolta contra a Ditadura Militar é obrigado a fugir novamente para Paris, o seu segundo exílio. Nos finais deste mesmo ano regressa clandestinamente a Portugal e refugia-se em Soutosa. Em 1928, toma parte no malogrado movimento do regimento de Pinhel, é preso com outros para o presídio militar de Fontelo, em Viseu, mas, evade-se e refugia-se de novo em Paris. Em 1929, é nesta cidade que se casa pela segunda vez com Jerónima Dantas Machado, filha do presidente português Bernardino Machado, também exilada em Paris. Em 1932, já a viver semi-clandestinamente em Portugal (Abravezes) Viseu depois em Lisboa, é amnistiado. Em 1959, é instaurado um processo pela publicação do livro “Quando os Lobos Uivam”. Em 1963, a 27 de maio, morre no Hospital da CUF em Lisboa. Aquilino Ribeiro deixou várias obras.