Home>Cultura, Literatura e Filosofia>EM BUSCA DO SENTIDO DA VIDA
Cultura, Literatura e Filosofia

EM BUSCA DO SENTIDO DA VIDA

“Será que a Vida tem sentido?”; “E se tem qual é?” “ E se a Vida não tem sentido?”

Estas e outras questões existem desde que o Homem possui capacidade de refletir sobre si próprio. Perduram ao longo do tempo e têm sido alvo de reflexão das mais variadas áreas do saber, desde a Teologia, Filosofia, Psicologia, Neurociência, etc. A questão do “Sentido da Vida” está intrinsecamente relacionada com a razão de existir (e não de viver!), assim como, com a finalidade da mesma.

Um dos grandes entraves para perceber o “Sentido da Vida” tem sido a incompreensão do “mal” e do sofrimento, (seja psicológico ou físico) do ser humano, tais como doenças físicas e mentais, acidentes, fome, guerras, etc. Curiosamente o “Paradoxo de Epicuro”, procura “destruir” a ideia de um “Deus” soberanamente bom, justo, omnisciente e omnipotente, facilmente conseguido no passado dado o dogmatismo e a irracionalidade das religiões dominantes. Hoje, este é facilmente desmontado de forma objetiva e compreensível, trazendo assim a possibilidade de alargar o sentido da Vida (ou melhor da Existência) a um nível muito mais profundo!

As questões inicialmente descritas surgem com mais frequência precisamente nos momentos de maior “infelicidade” ou “sofrimento,” condicionando obviamente as respostas pelas emoções “negativas” experienciadas. Nesse ambiente emotivamente intenso, muitas vezes depressivo, dificilmente surgirá uma reflexão “isenta” e “racional” da busca da “compreensão” dos factos ocorridos. Pois frases do tipo “só a mim é que me acontece,” “se existisse Deus não permitiria tal sofrimento,” etc, são comuns e indicadoras da ausência de uma proposta explicativa mais profunda e lógica!

Um outro entrave, é a constatação da finitude da vida, aquando da ocorrência da morte (biológica), tema considerado ainda “tabu”, embora muitos defendam uma “Educação Integral” na qual conste uma “Educação para a Morte” ou “Educação Tanatológica”. A sua ausência leva a que muitos se identifiquem com Tolstoi, que também questionou o sentido da vida, dizendo que, “uma vez que estamos condenados a morrer, toda a nossa vida perde sentido e razão de ser”!

Em sentido oposto, Viktor Frankl, mesmo no ambiente mais degradante possível, campo de concentração de Auschwitz (prisioneiro nº 119.104.), afirma que mesmo assim é possível a busca do Sentido da Vida!

Tem o leitor inúmeras possibilidades de reflexão, importa assim, que elimine “crenças limitantes” enraizadas e se “abra mentalmente” àquela proposta que faz de si um Ser entusiasmado com o Existir, disposto a superar-se e realizar-se Integralmente.     

Deixo como provocação a pergunta: qual é mesmo o seu Sentido de Vida?

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.