Pois é, por norma quando a vida está estruturada e sem grandes sobressaltos, somos um pouco avessos a mudanças, mas quando nos sentimos estagnados, como que parados no tempo, estas são benéficas, aliás, transformam-se numa necessidade.
Acontece que, por vezes o comodismo leva-nos a quase não mudarmos uma vírgula à nossa própria história. Claro que trocar o certo, pelo “terá que dar certo”, não é fácil, mas se nada fizermos, o marasmo e a insatisfação tomam conta dos nossos dias de uma forma quase irreversível, pois à medida que os anos vão passando e, apesar de nunca ser tarde para começar algo que nos realize, que nos complete, o receio pelo desconhecido vai-se acentuando e os dias vão-se sucedendo um após o outro… e transformam-se em meses, em anos… E um dia, ao olhamos para trás, poderemos, tarde de mais, perceber que não devíamos ter resistido à vontade de alterar o caminho ainda a percorrer. E então concluiremos que, mesmo correndo riscos, devíamos ter tomado as rédeas da nossa vida, em vez de a deixar, simplesmente, passar!
Se é fácil colocarmo-nos em movimento? Até pode não ser, mas se queremos ser os protagonistas da nossa própria história, teremos que fazer mais que deixar passar os dias e “rezar” para que passem rápido e sem atropelos.
Afinal, viver é muito mais que isso. Viver, é decidirmos o que fazer, como e com quem o fazer. É termos voz ativa no nosso caminhar… Redefinirmos percursos, se preciso for.
Sim, porque a vida é muito mais que adormecer e acordar seguindo sempre o mesmo padrão. Viver é também arriscar, superar desafios e vencê-los, desafiar limites… Fazer acontecer!