A iniciativa legislativa de cidadãos para forçar a Assembleia da República a votar a contagem integral do tempo de serviço docente prestado pelos professores que não foi contabilizado em períodos anteriores a 2018, para efeitos de progressão na carreira e respectiva remuneração, atingiu ontem as 20.000 assinaturas necessárias para iniciar o debate no Parlamento. As assinaturas, recolhidas pela internet, ainda não foram, no entanto, validadas pelos serviços da AR.
Em causa estão nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço congelado até este ano, e cuja contabilização o actual Governo diz que “nunca” foi prometida aos sindicatos.
Anabela Magalhães, professora subscritora da iniciativa, confessa-se “orgulhosa pelo trajecto já percorrido na companhia de um grupo restrito de professores maravilhosos, representativo de uma classe que ainda não desistiu de pensar.”
A professora amarantina apela a toda a comunidade que “continue a assinar. Temos de entrar na nossa casa com uma folga confortável”, referindo-se à Assembleia da República.