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Saúde e Vida

O FASCINANTE MUNDO DO NOSSO CÉREBRO

A neurociência, que se divide em áreas que vão da bioquímica à psicologia é uma área do conhecimento muito recente que estuda o sistema nervoso. A capacidade de estudar o órgão que nos compreende tem levado a investigação científica para o caminho do saber sobre o que motiva os nossos pensamentos, os nossos comportamentos e as nossas decisões.

As descobertas científicas da neurociência (que se divide em áreas que vão da bioquímica à psicologia) originaram uma evolução humana. Hoje, já se consegue entender melhor o funcionamento do sistema nervoso, que é constituído pelo cérebro e pelo sistema nervoso central e periférico, tanto a nível funcional como a nível estrutural. É através da imagem da ressonância magnética funcional, que os cientistas têm identificado as zonas do cérebro que são ativadas quando pensamos ou fazemos algo.

As investigações nesta área têm ajudado a dar passos gigantes no entendimento do funcionamento do nosso cérebro, que é o centro de controlo de muitas ações voluntárias e involuntárias do nosso corpo. Os cientistas já conseguiram elaborar um mapa do cérebro, localizando as regiões responsáveis pelo controlo da visão, da audição, do olfato, do paladar, dos movimentos automáticos e das emoções.

O fascinante mundo do nosso cérebro tem, entre outras, as seguintes características: pesa em média cerca de 1,3 quilogramas; pode armazenar 4,7 mil milhões de livros; usa 20% do oxigénio disponível no nosso sangue; é composto por cerca de 75% de água; recebe 25% da glicose que circula pelo nosso corpo; é povoado por capilares, que se estivessem unidos e ligados entre si atingiriam 150.000 quilómetros; é formado por uma intricada rede de cerca de 100 biliões de neurónios que trabalham sem descanso; tem 100 triliões de conexões – sinapses (mais do que o número de estrelas na nossa galáxia).

O cérebro é o órgão que tem a capacidade de gerir os sentimentos; é o centro do controlo de quase todas as atividades necessárias à nossa sobrevivência. A solidão e o ócio intelectual são os principais inimigos do sistema nervoso e a idade é o principal fator implicado no aparecimento de patologias neurodegenerativas.

Nas últimas gerações, a esperança média de vida aumentou 30%. Isso significa que estamos a ter um grau de exigência do sistema nervoso central de um modo nunca antes visto e, ao mesmo tempo, estamos em queda livre na forma como envelhecemos provocando um declínio mais rápido da função e da estrutura do sistema nervoso central.

Com o passar do tempo, há alterações na morfologia e bioquímica cerebrais, o que favorece o aparecimento de doenças degenerativas. Felizmente, a investigação científica tem feito descobertas e implementado técnicas capazes de suster o avanço de algumas destas doenças, o que abre um mundo novo de esperanças.

As investigações cientificas em Portugal têm sido várias e muito importantes. Alguns (poucos) exemplos: um médico que inaugurou uma cirurgia que altera os circuitos cerebrais; um neuropatologista que criou um banco de cérebros; um biólogo que está a tentar descobrir como tomamos decisões em relação à comida; uma bióloga que promete descobrir a forma de ficarmos mais confiantes uns nos outros; um psicólogo que usa uma touca que consegue ler o pensamento de doentes em coma.

Se os poderes políticos apoiarem mais a investigação científica em Portugal, mais descobertas serão feitas em prol da nossa qualidade de vida. Seguramente!

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