A grande maioria dos municípios estabelece em regulamento próprio a proibição de alimentar animais na via pública. No entanto, o PAN propõe alterar esta regulamentação salvaguardando a Saúde Pública e higiene dos locais.
Tendo em conta o aumento do número de animais errantes e o aumento das colónias de gatos, não faz sentido negar uma necessidade tão básica como alimento e água.
Segundo o novo estatuto dos animais, não prestar os cuidados básicos é crime, mas sendo os animais de ninguém como se contorna isso? Quem comete o crime? Quem se deve responsabilizar por proteger os animais de ninguém?
Claro que tem de haver um controlo na forma como são alimentados e o tipo de alimentos utilizados, por forma a controlar o risco de Saúde Pública.
Mais uma vez é importante pensar nas leis, mas e ainda mais importante na formação adequada da população para que possa cumprir as mesmas. Não basta alterar as leis, há que alterar mentalidades, muitas delas vincadas que teimam em vir ao de cima.
Para quem gosta de animais é impossível ficar indiferente a um animal deambulante magro, olhar triste e perdido… Quem nunca alimentou um animal na via pública? Quantos de vocês ficam indiferentes?
Já diz o ditado: “quem não se sente, não é filho de boa gente”.
Para os anjos dos animais de rua, esta alteração na regulamentação poderá trazer benefícios e facilitar a alimentação e controlo das colónias. Porque ao contrário do que se pensa, ao alimentar convenientemente os animais e ao criar uma ligação com os mesmos, é possível controlar melhor as colónias e os ataques de matilhas em busca de alimento. É possível sinalizar animais mais problemáticos, recolher e tratar animais com doenças de declaração obrigatória e a necessitar de tratamentos Médico Veterinários urgentes. Porque não é só uma questão de sofrimento e nos partir o coração, existem sérios riscos de Saúde Pública ao permitir o crescimento descontrolado das colónias e matilhas de rua.
Ficamos todos a aguardar a aprovação desta proposta do PAN.