Sempre gostei de pássaros. E talvez por gostar deles nunca quis nenhum em casa dentro de uma gaiola. Associo os pássaros a almas livres que voam quando e para onde bem o entendem. Invejo-os. É isso, invejo por terem essa facilidade de nada os prender e poderem partir sempre que lhes apetece. Também eu sou uma alma livre. Não tão livre como gostaria porque tenho responsabilidades e não posso simplesmente largar tudo e ir para onde me apetecer sem olhar para trás. Por muito alma livre que seja, e com muito pena minha, não sou um pássaro. Quem sabe em outra vida, se a reencarnação existir, tenha mais sorte. Não estou a dizer isto só porque a revista se chama Bird. Ainda não sonhava escrever para aqui e o template do meu blog, que coitado anda meio esquecido da minha parte, já eram andorinhas. Tenho uma tatuagem nas costas que são andorinhas. A tatuagem não foi por adoração àquele pássaro em especial mas por representar liberdade, movimento, viagens, algo que quem me conhece sabe o quanto tem a ver comigo.
Amanhã faz um ano que comecei a escrever para a Bird. Engraçado que quando me ligaram a perguntar se eu queria fazer parte da equipa de cronistas o que me chamou mais a atenção foi o nome: BIRD e ver que o símbolo estava ali entre um livro e um pássaro (quiçá uma andorinha?). A Bird tem me feito muito bem. Como já referi tem me aproximado de pessoas que ao lerem alguns textos se identificam e comentam-nos comigo. Tem me “obrigado” a manter a técnica da escrita mesmo quando não tenho disposição ou não sei o que abordar. Tem-me acompanhado em algumas mudanças da minha vida, há um ano atrás as coisas estavam bem diferentes, mas não tem desistido de mim. Assim como não pretendo desistir dela. Sim, sou uma birdie girl. E espero poder continuar durante muito tempo por aqui entre textos fictícios e não fictícios, desabafos e temas sobre tudo e sobre nada. Amanhã faço um aninho aqui. Sou uma bebé. Praticamente as minhas asas ainda não estão grande coisa para voar. Mas agradeço à Bird pela confiança que deposita em mim e por me dar um espaço no meio de tanta gente de talento. E agradeço a vós, que muitos ou poucos, por cá passam para ler as coisas (des)interessantes que escrevo.