O mercado está em constante mutação. O perfil dos consumidores no pós-crise obriga as empresas a uma reação rápida para aproveitar as janelas de oportunidade cada vez mais curtas.
Primeiro veio a crise económica internacional e, depois dela a mudança dos hábitos dos consumidores. Estes tornaram-se mais exigentes e o preço deixou de ser a prioridade. Ainda há dias falava com uma grande amiga minha, pessoa pela qual tenho um enorme carinho e admiração, que dizia preferir esperar para poder ter produtos de qualidade superior a ter de marcas brancas. As empresas tiveram que se adaptar a ciclos de vida dos produtos e a tempos de oportunidade cada vez mais curtos, transversais obrigando à colaboração empresarial. A Apple, por exemplo, não produz sozinha, partilha os modelos de negócio com outras empresas porque a sua janela de oportunidade é muito pequena. Já se anuncia a descontinuidade do iphone X! E o comércio internacional de smartphones terá atingido o seu pico em setembro de 2015! Há que ser criativo e inovador para arranjar novas oportunidades. Um dia destes vou falar-vos sobre o impacto dos smartphones na economia global.
Perante um mundo cada vez mais pequeno devido à globalização, com excesso de oferta e com todas as empresas a tentarem chegar aos mesmos consumidores, uma das soluções encontradas passa por conseguir uma estratégia de toca-e-foge que relega para segundo plano as estruturas tradicionais de produção e mercado.
Assim sendo, quais são as características do novo consumidor?
Em primeiro lugar, passou a ser um consumidor mais sofisticado, ou seja, é mais exigente do que as empresas pensam;
Depois, não tem necessidades novas, procura novas formas de satisfazer as necessidades de sempre;
Procura valor real, porque também pensa e opina em tempo real, não faz grande reconhecimento do que necessita mas percebe o que lhe traz valor, valor de uso, valor utilidade;
Menos é mais, valoriza produtos que não tenham muitas utilidades que possam camuflar a ausência de valor;
O preço é relativo, ou seja, quando opta por produtos de elevado valor, relega o preço para segunda prioridade.
Em resumo, os empreendedores, empresários e marketeers têm de estar atentos a estas mudanças nos consumidores pós-crise, expressão da qual não gosto muito, por continuar a achar que a crise não passou, para adaptarem os seus modelos de negócio com outros modelos de negócio, que lhes permitam ser ágeis. Mas, até esta agilidade tem um preço, de que vos irei falar no próximo artigo. Até lá, aproveitem bem o verão e cuidado com as promoções.