E semanas após o MEO Sudoeste ter dado que falar devido à forma como os jovens que assistiram aos concertos deixaram o recinto, eis-me a falar de educação, ou a palavra certa será civismo?
Pois é, muito se fala sobre educação, muitas teses, várias formas de educar, porém no meu entender, de nada vale a teoria se o exemplo não a acompanhar!
Bem sei que os jovens em grande grupo, e em eventos deste tipo se tornam mais irresponsáveis, esquecendo por estes períodos, parte dos ensinamentos até aí adquiridos, porém os que têm hábitos cívicos no que concerne ao respeito pelo ambiente, voltam à responsabilidade que lhe foi incutida, muitas vezes através do exemplo.
Entretanto, e a propósito da consciencialização da preservação da natureza, não são apenas os jovens que ainda têm muito a aprender. Por exemplo, há algumas semanas e numa das ruas mais movimentadas da cidade do Porto, deparei-me com uma situação que me deixou estupefacta. Percorria calmamente a rua quando à minha frente passou uma senhora, cuja indumentária era a farda de uma empresa de limpezas bem conhecida na cidade. A dita senhora entrou numa carrinha da respetiva empresa, onde ao volante já se encontrava uma colega. E qual não foi o meu espanto quando antes de fechar totalmente a porta da carrinha, muito discretamente deitou para a rua, para o pequeno espaço entre a carrinha e o passeio, uma garrafa de água vazia que já trazia nas mãos quando saiu do edifício. De salientar, que próximo da viatura se encontrava um caixote do lixo!
E voltando ao tema educação, se estas senhoras não são capazes de cumprir o seu dever cívico de manter a cidade limpa, como podem educar os seus filhos nesse sentido? E aqui tudo piora, não só não conseguem educar convenientemente, como acabam por influenciar negativamente a sua educação, porque é bem possível que nenhuma campanha a favor de um ambiente limpo e sustentável destitua o mau exemplo!
E fiquei a pensar… Como é possível que pessoas que fazem da limpeza a sua profissão, e que exercendo a sua atividade profissional especificamente numa empresa do ramo, estando obviamente sujeitas a boas praticas no que respeita à mesma, conseguem ter um comportamento tão contraditório? Faz algum sentido? Para mim, não. Definitivamente!