Saber estar com os nossos, as nossas coisas, nossos sentimentos, nossos planos, nossos sonhos, connosco próprios, é uma espécie de equilíbrio emocional.
Viver em relacionamentos idealizados e em vidas idealizadas pode ser frustrante. Mas em alguns casos é viver numa zona de conforto emocional, como se de uma prisão se tratasse. O medo de mudar ou de partir para outra situação leva muitas pessoas a estarem numa situação em que apesar de não se encontrarem felizes ou realizadas estão “naquilo” que conhecem.
Ser feliz, sentir-se realizado depende de viver consciente das suas limitações e com vontade de mudar e de crescer.
Existe uma grande diferença entre resolver e fugir dos problemas. Há quem adie, empurre com a barriga, evite confronto, contacto visual e fuja dos problemas.
Pode causar desconforto ou até medo fazer frente aos problemas. Mas fugir deles faz com que, apesar do alívio imediato e momentâneo, a pessoa se continue a sentir frustrada.
Viver ansioso, desanimado, com medo, irritado, passar demasiadas horas fora de casa no trabalho, ou então sozinho podem ser sintomas de que as coisas não correm bem e se está preso a algo.
Viver no plano da realidade com o bom e o mau, com os defeitos e potencialidades minhas e dos outros é viver na realidade. Enfrentar os problemas é viver na realidade.
Estar sempre numa situação cómoda pode ser desgastante, sufocante e comparar-se a uma prisão. As pessoas ficam numa zona de conforto, primeiro porque a conhecem bem e segundo porque também conhecem os seus perigos.
Não existem receitas de felicidade mas, não ter medo de mudar e de fazer escolhas, pode ajudar-nos a caminhar mais facilmente na direção certa.