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UM MUNDO ÓRFÃO DE PAIS

Fosse esta a vista da tua janela…

Sentes a despregada raiva que escorcha o teu olhar
um pavoroso arrepio esfarrapa o teu raciocínio
endoideceram os que praticaram?
os que assistiram inertes?
Sou pai e grassa uma fúria nas minhas veias
Incendeia-se-me o corpo
Fico despido de dignidade
Na cinza da desonra
Exalo o pó que o ócio consumiu

Sou pai num mundo órfão de filhos
Sou indolência , demérito
Sou a face que chora do lado errado da cerca
Sou ferro que prende
e oxida o teu pensamento

A inocência sovada
numa pureza hostilizada
nesta fábrica de teratismos.

Bem vindo à terra da oportunidade
do ensejo para temer
e nos vincados nós dos teus frágeis dedos
fatigados pela fuga e pelo tormento,
lembrares que esta é a humanidade
que deixaram para resgatares…

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