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A COISA DAS MODAS

Mal acordo e desligo o despertador já agarrei nele. Levo-o para a mesa da cozinha onde uma gota de café acaba por lhe cair em cima e uso-o quando páro nos semáforos mas só quando saio à rua é que noto os olhares críticos da minha obsessão.
Para chegar ao nono andar do edifício onde trabalho, uso as escadas porque o posso levar e ao mesmo tempo é possível ainda que com alguma dificuldade, utilizá-lo. Como poucas são as pessoas que sobem de escadas (cerca de duas a quatro no horário a que por elas vou) não sou vítima de grandes olhares censuradores. O problema é mesmo quando o abro no trabalho ou enquanto almoço. Ou se de repente me lembra a força do hábito de o colocar em cima da mesa. As pessoas mais próximas já só me dizem “Mas tu nunca te desligas disso?! Que vício!”. E eu tento não levar a mal estas palavras de pessoas que não parecem compreender a utilidade que isto tem. Uma amiga aconselhou-me a comprar um mais pequeno. Assim o fiz. Era o meu 55º e tinha 15 por 10cm, uma edição especial e pequena. Mas nem assim. Os comentários maldosos continuaram e o meu aborrecimento crescia. Voltei a falar com a minha amiga que logo me deu outra solução: comprar um mais fino. Isso já mexia um pouco com os meus gostos. Foi complicado encontrar o ideal. Funcionou por uns tempo mas depois de alguns dias já tinha de arranjar outro. O tempo foi passando mas de repente apareceram os telemóveis e ninguém parece já ligar a que o leve aberto entre as mãos à vista de todos. (Ou será que acham estranho?).

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