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Cidadania e Sociedade

CIDADE DO PORTO – A TÃO VITAL TRANSFUSÃO

A questão do decaimento urbano em Portugal e da sua tão necessária recuperação tem inundado os media nos últimos anos. Bolha especulativa imobiliária, degradação do património edificado, fuga das populações locais ou potenciais residentes para zonas limítrofes, taxas e impostos municipais, benefícios fiscais para fixação das populações, regras e lei para o alojamento local.

“Roblices” à parte e percebendo a atual agenda política face à proximidade das campanhas eleitorais, entende-se que muito será feito nos próximos tempos, de forma intempestiva, precipitada e por conseguinte menos eficaz e eficiente, para mitigar descontentamentos e tentar evidenciar menos venais interesses.

Para os mais críticos das soluções que têm vindo a ser implementadas na Cidade do Porto a nível de reabilitação e recuperação do edificado, cabe (re)lembrar aos mais distraídos a vulnerável posição em que a cidade se encontrava, colocando em risco a manutenção da sua própria essência, desabonando o tão orgulhoso estatuto de “Invicta”.

Perigos de derrocadas constantes, insegurança permanente de moradores, visitantes e comerciantes. Degradação considerável, deixando profundas e indeléveis cicatrizes na estrutura dos edifícios condenados ao abandono e ao colapso. Este desconforto provocara uma onda geral de queixas e demandas por soluções válidas que ressuscitassem a alma e principalmente o corpo da Cidade.

Decorridos largos anos que mais pareceram uma eternidade, eis que a Cidade do Porto, mercê de medidas adequadas conjugadas com a cada vez maior notoriedade conquistada internacionalmente, viu a tão necessária transfusão de que carecia, reavivar-lhe o pulso.

Polémicas à parte, a Cidade de facto rejuvenesceu, reavivaram-se-lhe as cores, tornou-se mais apelativa e atrativa para os investidores criando inúmeras oportunidades de negócio para os empresários portuenses (entre outros), dinamizando de forma fulgurante o comércio local, magnetizando o interesse pela Cidade, a afluência de turistas, a essencial hemoglobina para carregar o oxigénio que o investimento gerou e distribui-lo pelos quatro cantos do Porto.

A Cidade do Porto está hoje mais deslumbrante e, caros leitores, mais INVICTA do que nunca.

Deixo-vos o testemunho de um prédio reavivado na zona dos Clérigos:

“Sereno e altivo, ressurgido na sua intemporal traça original. 
Lavado do ímpio manto que a inclemente história lhe concedeu.

Infunde-se sobranceiro às almas precárias que calcorreiam a calçada que, imponente, agora ensombra. 

Esperou incógnito, dissimulado, ocioso por alguém que lhe despisse o decrépito fato e o resgatasse dessa letárgica indigência. 

Hoje é modelo, o paradigma da venustidade numa cidade em crescente magnificência. 
A Torre do Clérigos, ali ao pé, deixará de contristar-se por ser órfã de uma urbe menor e o seus 49 sinos soarão com mais sentimento, vibrando em uníssono com um novo marco nesta inaudita cidade.” 

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