Comemora-se hoje o Dia Internacional da Paz e à semelhança de quase todos os dias comemorativos estes servem para relembrar algo que ainda não foi alcançado. Toda a humanidade pretende a Paz (pelo menos em teoria), no entanto dizem os especialistas que desde 1953 nunca se esteve tão perto de uma guerra mundial!
No “índice Global da Paz de 2018”* Portugal desce uma posição ocupando agora o 4º lugar numa lista de 163 países que cobre cerca 99.7% da população mundial. Em termos globais, 92 países pioraram a sua situação contra 71 que a melhoraram. O impacto económico da violência corresponde a 12.4% do PIB global representando cerca de 13 biliões de euros. Mas mais importante que a componente monetária são os muitos milhares de vítimas e os efeitos indiretos destes conflitos.
A Paz que se vive hoje ainda é uma Paz “podre”, baseada no medo, no equilíbrio de forças bélicas, à espera do momento adequado para alguém dominar o outro, seja por motivos políticos, territoriais, religiosos ou de recursos naturais. Não deixa de ser curioso que na lista do “Poder Bélico Global” de 2018”** Portugal aparecer na 63ª posição, numa lista de 136 países. No entanto, estamos em 49º lugar no investimento efetuado na sua manutenção. Sabemos, infelizmente, que a indústria militar é uma em que mais se investe (e todos nós usufruímos da muita investigação lá efetuada) e nada de errado estaria se a tecnologia de lá oriunda não fosse para aumentar a capacidade de destruir, de produzir sofrimento e morte! Não se pode reivindicar paz investindo em guerra!
Estatísticas à parte, todos nós somos bastante exigentes em reclamar mais Paz (dos e nos outros).! O Ser humano, dito inteligente, que pretende em breve chegar a Marte ainda não sabe viver em Paz e harmoniosamente com todos os Seres! Pior ainda, o Ser humano ainda não sabe viver em Paz consigo mesmo!
A Paz Mundial só vai ocorrer quando ocorrer a Paz individual em todos nós. Aqueles que mais responsabilidades sociais possuem (líderes políticos, religiosos, económicos, etc) terão um papel pioneiro ao influenciar e criar condições para a implementação dessa Paz.
Caro leitor, gostaria que agora refletisse no seguinte:
Está em Paz consigo mesmo? Quais os fundamentos da sua Paz? Quanta Paz habita em si?
Nem que a sua paz seja uma mera “vela” acesa pode iluminar a escuridão do outro! E este, através de si, poderá acender a sua “vela” e fazer o mesmo. Mas, não se esqueça, pode sempre aumentar a “luz”!
Afinal, já Pazeou hoje?
*http://visionofhumanity.org/