A cefaleia é essencialmente um sintoma, um fenómeno álgico com várias etiologias.
A cefaleia é o termo comum, para caraterizar uma dor localizada na cabeça ou na região superior do pescoço (região cervical).
A cefaleia significa dor no crânio, sem na maior parte dos casos benigna, a sua frequência e a incapacidade que gera faz com que os pacientes com este sintoma recorram muitas vezes ao médico e procurem a resposta para as suas queixas nas várias especialidades medicas.
É uma queixa frequente na consulta.
As cefaleias são a terceira causa mundial de incapacidade, estando a enxaqueca entre as vinte principais causas de perda de vida saudável por ano, segundo a classificação da Organização Mundial de Saúde.
Nos países desenvolvidos representa cerca de 400.000 dias de trabalho que são perdidos por ano, por milhão de habitantes.
As cefaleias são doenças reais e que podem persistir durante toda a vida.
A etiologia e a patogenia da enxaqueca estão totalmente esclarecidas, contudo a maioria dos especialistas acredita que ela seja hereditária, sabendo-se que em 60 a 80 % dos casos, a enxaqueca clássica ocorre em vários familiares na mesma geração e nas gerações sucessivas
A sua prevalência é elevada surgindo em qualquer idade e sem exclusão do género
É mais frequente nas mulheres (75%) do que nos homens, e início da sintomatologia aponta para um aparecimento nas crianças antes dos 10 anos (15%) e na idade adulta por volta dos 30 anos.
A história clinica é fundamental para o diagnóstico, sendo imprescindível a realização de um interrogatório detalhado acerca da natureza da cefaleia, grau de sua intensidade, sua localização, sua evolução temporal, fatores desencadeastes, presença ou não de sintomas associados e evolução clínica.
A sua caraterização nem sempre é fácil, necessita de uma boa anamnese e de um exame neurológico detalhado.
As implicações das cefaleias são vários, refletindo-se nos diversos setores, sendo o seu aparecimento muito negativo no meio laboral, social e profissional.
O uso de anticoncetivos orais tende a agravar a enxaqueca e alguns deles, principalmente os que contêm doses altas de estrogênio, podem aumentar o risco de acidente vascular cerebral.
Embora sem evidência cientifica existem algumas referências nutricionais de que determinados alimentos podem agravar ou despoletar o aparecimento da cefaleia / enxaqueca, designadamente, os queijos, chocolate, a cerveja, o vinho, o café, o chá preto, os refrigerantes, a manteiga, as carnes gordas, os fritos, os doces, o requeijão, o leite integral e derivados, o salame, o presunto, alguns peixes, o camarão, as salsichas, as frutas cítricas, os alimentos industrializados e as oleaginosas como castanha do Pará, caju, nozes avelã amêndoa.
Existem ainda algumas informações sobre alguns alimentos que podem aliviar as cefaleias / enxaquecas, nomeadamente as sementes de linhaça dourada e semente de chia que são ricas em ómega 3 e que ajudam na melhoria da resposta ao processo inflamatório, bem como o gengibre em pó que funciona com um antioxidante.
As bananas são uma boa fonte de triptofano, exercendo também as suas influências positiva, tal como as vitaminas do complexo B (que surgem em grande quantidade no feijão, lentilha, lentilha rosa, ervilha, levedo da cerveja e grão de bico), o açafrão pelo seu excelente efeito anti-inflamatório poderão ser uteis na prevenção.
É recomendável que os doentes que sofrem de cefaleias / enxaqueca sejam observados pelo médico, para obterem um diagnóstico correto, para excluir causas mais graves (casos de cefaleias secundárias) e para serem tratados adequadamente.
O tratamento na maior parte das vezes é farmacológico (analgésicos e antieméticos) numa primeira fase de tratamento, sendo depois de acordo com a complexidade do quadro clinico introduzidas outras terapêuticas.
Em suma, a cefaleia é um problema de saúde pública importante, representando sofrimento e incapacidade em cerca de 40% dos europeus, diminuído substancialmente a sua qualidade de vida.
Sem prejuízo de outras recomendações e com base na clinica destes doentes, é aconselhável o acompanhamento medico para prevenir as crises e evitar as recidivas.