É uma doença infeciosa e bacteriana que atinge o osso e o ligamento periodontal, iniciando primeiramente como uma gengivite.
A causa desta evolução é a presença do tártaro, que resulta da mineralização da placa bacteriana.
É uma doença comum que realmente pode levar à perda dentária.
Todos nós já ouvimos falar de alguém que se refere à sua saúde oral como sendo precária, “os meus dentes abanam e caem”, ou “tenho estas coisas escuras nos dentes”, ou “sofro de piorreia”, ou ainda, “tenho as gengivas sempre a sangrar e doem-me”. Tudo isto são descritivos populares dos sintomas e consequências da doença periodontal.
A gengiva, o osso e o ligamento periodontal estão intimamente interligados. Quando a primeira sofre, os outros dois ficam com problemas.
A vulgar “pedra nos dentes”, tártaro, é uma das principais causas da inflamação da gengiva. Quando alguém nos diz que “parece que os meus dentes estão a ficar maiores” não é nem mais nem menos do que uma recessão gengival, devido à agressão da gengiva.
Outras razões podem ser: problemas de saúde (ex.: diabetes, cancro, HIV); medicação (ex.: antidepressivos); má higiene oral; hereditariedade; fumadores; consumidores frequentes de bebidas alcoólicas; fatores traumáticos (ex.: acidentes, pancadas).
Ao não escovarmos os dentes num período máximo de 12 em 12 horas, estamos a favorecer que as bactérias nocivas e os restos de comida que se acumulam na zona de transição entre o dente e a gengiva, aí permaneçam e se desenvolvam – formação do tártaro.
Este último só o dentista pode remover com uma destartarização, raspagem e alisamento radicular. Por isso é que a prevenção é a melhor forma de combater este tipo de doença oral, pois uma boa técnica de escovagem elimina a placa bacteriana, não permitindo, assim, a formação do indesejado tártaro.
Este é um tratamento efetivo e daí o aconselhamento de duas visitas anuais ao seu médico dentista, uma vez que a periodontite é incurável.
Quando a periodontite se encontra num ponto extremo (dor, sangramento, mobilidade dentária, mau hálito) o tratamento terá que passar por cirurgia específica, podendo levar mesmo à necessidade de enxertos de tecido mole e ósseos.