“A felicidade é saber o que se quer e querê-lo apaixonadamente.” Félicien Marceaul
Desde sempre o Ser Humano tentou obter respostas sobre a fórmula mágica da felicidade, através de estudos científicos, filosóficos e espirituais. A arte através das suas múltiplas manifestações é também uma fonte de eleição para partilhar conceitos e interpretações sobre o que é ser feliz.
A ONU criou o Dia Internacional da Felicidade, que se celebrou pela primeira vez no dia 20 de Março de cada ano, para realçar a felicidade como um elemento essencial do esforço humano e destacar a demanda de todos os seres humanos por este estado de espírito.
Recentemente num estudo elaborado por uma universidade América colocou-se a questão “ O que te faz feliz?”, sendo que a maioria das respostas relacionavam-se com a família, saúde, amigos, amor, esperança e aspetos económicos. Outra das conclusões retirada deste estudo é que para atingir a felicidade é preciso que o indivíduo tenha um bom nível de conhecimento de si mesmo.
Não existe uma fórmula para ser feliz, pois a felicidade é um estado de espírito muito pessoal, com um conceito adequado para cada pessoa que o transforma consoante contextos, momentos, relacionamentos. É um processo que se prolonga durante muito tempo e que é conquistado em e por momentos e assim sendo existe sim, a fórmula pessoal da felicidade!
“O que te faz Feliz?” perguntava o estudo americano, pergunta esta que devolvo aos leitores para que se questionem sobre os motivos da vossa felicidade, se são ou não felizes. Ao debruçar-me com as respostas que derivaram do estudo que referi neste artigo, concluí que a felicidade era percecionada sobre diferentes prismas, compartimentando a mesma em sectores distintos.
Apraz-me assim colocar uma questão: se me sentir feliz unicamente numa área da minha Vida, deixo de ser Feliz? Preciso de estar feliz em todos os sectores para sentir a felicidade na sua plenitude? Porque não posso apreciar a felicidade num único sector para me motivar para os outros sectores?
Todos queremos o muito, sofremos com o pouco e vivemos baseando a nossa vida em quantificações e compartimentações. Este modo de vida não nos fará de todo felizes! A felicidade alicerça a nossa Vida através das simples aquisições do dia-a-dia, aqueles pequenos momentos que nos fazem sorrir e querer celebrar com quem nos rodeia.
Porque não celebramos as simples e pequenas vitórias? Porque não nos sentimos felizes com a riqueza e grandeza do nosso mapa humano, com as relações que estabelecemos? Porque queremos sempre mais e sofremos quando não conseguimos atingir esse acrescento de felicidade?
A felicidade é um somatório de pedaços felizes como se tratasse de um puzzle que é preenchido, pacientemente, encaixando peça a peça e mesmo quando faltam algumas peças podemos ter uma visão do que poderia ser a imagem final! Neste momento, continuando a metaforizar, não devemos ceder à frustração, mas sim continuar a lutar para encontrar as peças que faltam ao nosso puzzle da felicidade!
Todos nós podemos ser mais felizes! Sim, podemos ser mais felizes, mesmo quando o que está ao nosso redor parece obrigar-nos a ceder à tristeza e a desistir dos nossos sonhos, das nossas metas! Podemos ser felizes alterando comportamentos, entendendo as nossas emoções, transformando os nossos pensamentos, desvendando quem somos, o que queremos. Quando somos conhecedores do que queremos genuinamente estamos a construir a nossa escada da felicidade, degrau por degrau, passo a passo, mas sempre subindo rumo ao que nos faz feliz!
Talvez seja altura de parar um pouco, olhar para dentro de nós e assumirmos quais os nossos critérios de felicidade, questionando se são realmente nossos ou meramente impostos pela sociedade na qual estamos inseridos!
A felicidade não é uma lei, uma norma, não se define através de valores morais e éticos, pois é um estado de espírito que se rege por si só e mediante o nosso sentir! Sentimos felicidade e só pertence a cada um de nós a importância e o significado desse sentir!
Para ser feliz (espelho neste momento a minha noção de felicidade!) é necessário expandir os horizontes e depois de olhar atentamente para o nosso interior urge direcionar o olhar para quem nos rodeia e assim partilhar, criar, transformar e inovar a felicidade!
Ser feliz é comungar com os Outros! Ser feliz é colocar o nosso conhecimento sobre a felicidade em prol daqueles que almejam ser mais sapientes e mais felizes! A felicidade deve ser partilhada para que se criem novas oportunidades de desenvolvimento, de aperfeiçoamento, de conhecimento e de união!
Para ser feliz é necessário usar como alavanca os sectores onde nos sentimos felizes para conquistar a felicidade nos outros sectores da nossa Vida onde não a sentimos e assim sentir o regozijo da vitória, da conquista, da valorização e do reconhecimento.
A felicidade em plenitude faria com que não tivéssemos a necessidade de lutar pelos nossos sonhos, pelos nossos objetivos e assim impediria o nosso crescimento como seres que procuram o conhecimento, a transformação, a mudança!
Vamos alicerçar a nossa Vida com momentos de Felicidade e saborear, sentir, viver o que nos faz genuinamente sentir felizes! Vamos Viver a Felicidade!