Normalmente as crianças associam qualquer ato médico à dor. Ou por já terem passado por situações desconfortáveis ou por uma educação errónea.
Nunca devemos associar qualquer comportamento desviante da criança com uma punição maior, do género: “Se fizeres isso vou chamar a polícia.”, ou ainda “Se te portares bem eu compro-te um brinquedo.”.
Pela minha experiência, nenhuma destas “terapêuticas” funciona quando a criança está sentada na minha cadeira.
Penso que a melhor estratégia é a sinceridade e a informação. Talvez a primeira abordagem, se possível, seja levar a criança a conhecer o espaço e o profissional, e então, a partir daí, criar uma ligação não informal, mas de simpatia em que o profissional explica à criança tudo o que esta vê, possibilitando aos pais, durante o intervalo da próxima consulta, falar com conhecimento e naturalidade de como irá ser o encontro seguinte.
Com isto, o profissional também terá tempo para fazer um correto diagnóstico e igualmente ter o maior controlo no comportamento da criança.
Isto vem igualmente reforçar o papel que a proximidade e o à vontade com o vosso médico dentista vem a desempenhar, só sendo possível com a familiaridade e confiança que se conquista com os anos junto daquele profissional de saúde, possível se se fizer a desejada medicina oral preventiva, com visitas anuais regulares ao dentista.