A enxaqueca é uma doença neurológica crónica que se caracteriza por uma dor moderada/intensa na cabeça que pode durar algumas horas ou vários dias.
Esta doença pode ter início na infância mas a sua incidência é maior entre os 20 e os 30 anos, sendo que a partir dos 40 anos a probabilidade diminui. Afeta o sexo feminino duas a três vezes mais que o masculino. Estima-se que um em cada dez adultos sofra desta patologia.
Em termos nutricionais, é importante realçar que os alimentos “maus” para as enxaquecas só despoletam esta doença, em indivíduos que já a tenham ou que tenham uma predisposição para a ter. Deve-se ter em consideração três fatores para identificar se o alimento despoleta uma crise: a enxaqueca deve ocorrer 6 horas depois da sua ingestão, o efeito tem de ocorrer sempre que o alimento é consumido e a sua exclusão da dieta leva a melhoria das crises. Posto isto, os alimentos que merecem a nossa atenção são:
– Chocolates (quanto maior a percentagem de cacau, pior);
– Alimentos ricos em sódio;
– Frutas cítricas, que apesar de serem saudáveis, contêm uma substância chamada octopamina que pode ser desencadeador de uma enxaqueca;
– Café e chás que contenham cafeina;
– Alimentos industrializados que contenham glutamato monossódico;
– Adoçantes (aspartame e sucralose);
– Milho;
– Bebidas alcoólicas;
– Alimentos que contenham alto teor de tiramina (alimentos curados, defumados, peixes, queijos envelhecidos, cerveja, alimentos fermentados, soja, algumas leguminosas);
– Frutas (banana, abacate, figos e passas);
– Cebola.
Outro fator desencadeante de uma enxaqueca é a hipoglicemia por isso é importante que se coma de 3 em 3 horas de modo a evitar jejuns prolongados.
É importante realçar que a constituição genética do individuo também tem um papel essencial, há doentes que podem comer de tudo e não têm crises e também há doentes que têm crises mas não com os alimentos mais comuns acima listados.
Para minimizar/evitar uma enxaqueca o padrão alimentar que devemos adotar passa pela:
– Ingestão de alimentos ricos em ômega-3 que vão atuar como anti-inflamatórios (salmão, atum, sardinhas, cavala, etc) e contribuem para uma maior fluidez das membranas;
– Polvilhar a refeições com gengibre ralado pois este alivia a rigidez e melhora a circulação nos vasos sanguíneos;
– Ingerir alimentos ricos em selénio, magnésio e vitamina B2;
– Beber uma infusão de flores de lavanda, três vezes ao dia, pois é sedativa e analgésica;
– Misturar gengibre em pó em água de cocô.
Para além da alteração dos hábitos alimentares também é fundamental uma mudança do estilo de vida (reduzir o estado de ansiedade e stress).
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