
Meias finas, meias grossas, transparentes, coloridas, compridas, curtas, enfeitadas, lisas, com padrões, de algodão, de lã, de lycra, de seda. Meias de Natal. Enfim, existem meias para todas as pessoas, gostos e ocasiões, desde o ginásio à festa mais sofisticada.
Nesta (já) época Natalícia, as meias ganham algum protagonismo: quem nunca ofereceu ou recebeu meias como prenda de Natal?
As meias fazem parte do nosso quotidiano, seja como necessidade para manter os pés quentes e secos, seja como um acessório de moda para criar determinada imagem e estilo( sensual, chic, divertido, confortável, casual…).
Mas quem sabe quando, onde e como surgiram as meias?
O uso de meias vem de longe, datando de há mais de 2000 anos, mas não há registos exactos de quando surgiram. Alguns historiadores referem que as primeiras meias foram usadas por mulheres gregas, eram as “sykhos”. Também em Roma as mulheres usavam meias, feitas de couro, chamadas “soccus”.
Mas há também alguns indicios do seu uso na antiga Mesopotâmia. Nessa época, o seu uso era restrito aos soldados, que as utilizavam para combater o frio no inverno. O material de que eram feitas era lã ou algodão tinham uma costura na parte de trás. No séc.XIV a meia-calça passou a ser utilizada pelos nobres, que competiam entre si pela riqueza dos materiais utilizados nas peças, então ricamente bordadas. No reinado de Catarina da Rússia os homens utilizavam as meias-calças como artefactos de sedução, pois as malhas coladas ao corpo valorizavam os seus dotes físicos.
No séc.XVI foi inventada a primeira máquina de fazer meias, mas só mais tarde fizeram sucesso.
No séc.XVII surgiu a primeira fábrica de meias em França. Eram de seda, muito finas e presas aos espartilhos. Em Paris estas meias de seda tornaram-se célebres com as dançarinas do “Can-can”, que usavam meias de rede preta, consideradas então um escândalo.
No inicio do séc.XX as meias não se viam porque as saias eram compridas, não tendo por isso grande relevância. Mais tarde nos anos 20 as saias subiram e as meias passaram a ter maior protagonismo e eram usadas para embelezar e valorizar as pernas femininas.
O surgimento do “náilon” revolucionou a indústria e o mercado das meias, pois elam ficaram mais duráveis e elásticas, sendo mais fáceis de usar e mais confortáveis.
Na década de 50 surgiram os “collants”.
Nos anos 60 e 70 as meias, principalmente os “collants” predominaram na moda feminina. Eram totalmente estampados, com riscas, formas geométricas e de renda.
A partir dessa tendência, nas últimas décadas, as meias apresentam vários padrões coloridos resultantes da cultura popular contemporânea.
As meias coloridas são um “truque” de “styling” e podem trazer um efeito interessante à imagem e dar um “twist” ao visual.
Hoje em dia há múltiplos padrões, que podem ser adaptados ao estilo de cada um e á ocasião.
Há as meias quentinhas e anti-derrapantes para estar no aconchego de casa. Há as meias divertidas e coloridas, com os mais variados e inositados padrões e por aí…
E há ainda as meias de Natal, que se penduram na chaminé ou na Árvore de Natal na expectativa de que sejam recheadas com prendas desejadas.
E é com meias e entre meias que desejo a todos um Feliz e Santo Natal, com muitas meias coloridas, quentinhas, de lã, de seda, sexys, confortáveis, recheadas de saúde, amor, fraternidade, harmonia, paz, alegria e o compromisso de respeito para com os outros, para com o nosso planeta e para connosco próprios.
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