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CONSERVADOR SIM, MAS DE VANGUARDA

As eleições regionais em Espanha, trazem-nos mais uma má notícia. Os Europeus, cidadãos do mundo, os mais letrados e históricos cidadãos do mundo, uma vez mais e com total desrespeito pela sua História, volvem à extrema direita, volvem ao fascismo, sucumbem com a facilidade de uma criança à sedução populista de aproveitadores de momentos. É certo que nada é perfeito, é certo que todos os governos, sem exceção, cometem erros, omissões, incumprem em compromissos, mas nada disso multiplicado por 1000 pode validar que nós, humanos, evoluídos, nos permitamos validar discursos de ódio, de racismo, de xenofobia. Nada, nada pode justificar este exacerbado conservadorismo que roça a conservação de princípios primitivos, dignos de um homem de Neanderthal. Muitas vezes me refiro a mim próprio como um conservador de vanguarda, ou seja, alguém que gosta de manter tradições saudáveis e que não colidem com a normal evolução dos tempos, mantendo a abertura de mente para acolher e acomodar tudo aquilo de novo que vai surgindo, sem preconceitos ou juízos. Afinal, somos quem para julgar? É incompreensível, mais ainda em países que passaram por regimes fascistas, que estes mesmos cidadãos voltem a validar estes discursos e, mais grave, estes verborreicos tontos que em nada colaboram com a evolução da humanidade. É saudável criticar, com propostas alternativas, é saudável reivindicar melhores condições de vida, afinal é para isso que todos os eleitos, sem exceção, são empossados. Depositamos neles legítimas expectativas de uma evolução pessoal mas acima de tudo global, porque à exceção dos parasitas que gravitam incontornavelmente sobre os membros que se encontram no poder, se as soluções não forem globais, ninguém as sentirá. Alguém acredita que colocar no poder pessoas pejadas de racismo, ódio, segregacionismos das mais variadas dimensões, vai contribuir para mudar positivamente alguma sociedade? O Holocausto nunca ocorreu? Franco nunca existiu? Mussolini também não? Estaline foi um mito? É um insulto para toda a humanidade, repito, toda a humanidade, ver tantas pessoas a permitirem-se serem acéfalas. Não há desespero que justifique a auto aniquilação por escolha e, note-se, não me refiro aqui a questões de suicídio na aceção restrita da palavra, mas sim de um suicídio coletivo que é valorizar e empoderar pessoas que odeiam pessoas.

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