Cá estamos, outra vez, no Natal! E seu o peso? Tem menos, igual ou mais peso do que o ano passado? Agora que pensa nisso…
Há uma atitude generalizada de aceitação de que “Dezembro” vai, garantidamente, trazer mais uns quilos na balança, porém, para nossa surpresa (ou não), o fenómeno é real (os estudos comprovam) mas… não é inevitável. Mais, é fácil de evitar e, mais, deve ser evitado, por razões que nada têm de banais e muito têm de protecção da sua saúde e, em última análise, de protecção da saúde pública.
O aumento médio na época natalícia, estima-se, é de 1Kg, mas quando falamos de média… significa que há indivíduos que não aumentam de peso e há indivíduos que aumentam muito mais do que 1Kg. As pesquisas dizem-nos, ainda, que metade do peso ganho nesta altura é perdido rapidamente no pós-festas, sendo que a outra metade tende a ficar até, pelo menos, cinco meses depois, ou seja, até ao Verão seguinte (levamos quase metade do ano a recuperar do estrago do Natal, a sério?!).
Não ficamos por aqui. Ora, em média, os adultos aumentam de peso ao longo do tempo em cerca de 0,2Kg a 0,8Kg por ano… Fazendo bem as contas, é provável que, pelo menos para algumas pessoas, este aumento se concentre no final do ano, em um ou dois meses apenas, e se mantenha, grama a grama, nesta subtil escalada anual.
Numa sociedade em que a obesidade e o excesso de peso são uma epidemia crescente, talvez seja altura de começarmos a olhar com seriedade para o dito “normal” aumento de peso no Natal, pois talvez este peso não seja realmente perdido e tenha, pois, “peso” considerável no aumento deste flagelo. Se a gravidez, a meia-idade, o sedentarismo, o deixar de fumar, a emigração e a cultura urbanizada, por exemplo, são factores de risco de aumento de peso e de obesidade, porque não considerar também de risco o peso ganho nas festas?
Agora que consegui sensibilizar o(a) leitor(a) para o tema (espero!) , vamos a estratégias fáceis e práticas para manter o peso na época festiva, tão fáceis que passam quase só por manter as regras de todo o ano, ou seja, alimentação equilibrada e actividade física regular, tratando a excepção (excesso) alimentar como esta deve ser tratada: a excepção.
Aqui ficam alguns conselhos sensatos:
– Mantenha a rotina alimentar. Continue a comer várias vezes ao longo do dia, a planear as refeições, a beber 1,5L de água… Mesmo no dia do jantar de Natal, aliás, sobretudo nesse dia, pois se entra em privação, chega à mesa com fome e será difícil moderar nas porções;
– Pese-se duas vezes por semana. Os estudos dizem que quem se pesa regularmente consegue mais facilmente manter o peso nesta época (esta é, ao que parece, a medida mais eficaz para não ganhar peso em Dezembro);
– Há chocolates e bolo-rei no local de trabalho? Coma um chocolatinho pequeno ou uma fina fatia, e exercite o seu músculo mais forte: a sua mente. Resista!
– Resista porque… o Natal é um dia (quanto muito, dois) e não é pelo que come a mais na ceia e/ou almoço de Natal que engorda tudo o que falamos anteriormente, não é mesmo. Provavelmente, é pelo que (não) anda a fazer há um mês…
– Exercício: o mesmo ou mais. Aproveite para caminhar tudo o que puder e, se puder, pegue na família e caminhem no dia de Natal, a seguir ao almoço. Infelizmente, observa-se o contrário, isto é, as pessoas mexem-se menos nesta fase, tiram férias do ginásio, etc. É pouco inteligente, não faça isso, faça o contrário e “queime” as calorias extra com mais actividade.
Votos de umas Festas Felizes, com tanta ou mais saúde!