Adriano Sousa Lopes é natural de Vidigal (Leiria). Entre 1896 e 1901 foi admitido na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde frequentou o desenho. Em 1903 ganhou uma bolsa do legado do Visconde de Valmor e foi para Paris frequentar a Escola Nacional das Belas Artes (École Nationale et Spéciale de Beaux-Arts). Em 1908 concluiu os estudos em Paris. Entre 1908 e 1928 viveu entre Portugal e França. Em 1917, Adriano Sousa Lopes não hesitou em oferecer os seus serviços como voluntário no conflito mundial de 1914-1918, para documentar a participação dos militares portugueses onde ficassem registadas os momentos de maior destaque. A 9 de de 1917, como capitão e integrado no Serviço Artístico do Exército Português e iniciou a sua viagem o que o levaria até junto do Corpo Expedicionário Português (CEP). Depois de um recuso de chegar até às primeiras linhas de combate, a partir de janeiro de 1918, Adriano Sousa Lopes conseguiu instalar-se junto das unidades portuguesas da primeira linha da frente, onde teria capturado quase o dia-a-dia do CEP. Muitos oficiais do CEP recorreram ao pintor para lhes ilustrar as capas dos livros. O CEP foi retirado da frente de combate após a batalha de la Lys, ocorrida a 9 de Abril de 1918.
As suas pinturas foram executadas ao longo das décadas de vinte e de trinta.
Em 1927 Sousa Lopes voltou a Lisboa para apresentar uma exposição individual em Portugal, novamente na Sociedade Nacional de Belas Artes e onde já estavam algumas das pinturas alusivas à Grande Guerra que hoje fazem parte do acervo exposto no Museu Militar. Em 1929 foi nomeado Diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea, sucedendo a Columbano Bordalo Pinheiro.
Adriano Sousa Lopes, procurou ainda divulgar os artistas portugueses, representados no acervo do Museu Nacional de Arte Contemporânea, organizando uma exposição no museu Jeu de Pomme, em Paris, no ano de 1931. O pintor colaborou ainda na preparação de um programa para a construção de um novo edifício para o museu, que se pretendia edificar na zona de Belém, projeto que não chegou a ser concretizado. Em 1929, Adriano Sousa Lopes foi nomeado diretor do museu Nacional de Arte Contemporânea (Chiado), onde se manteve no no cargo até falecer a 21 de abril de 1944. Hoje, o museu Militar de Lisboa expõe diversas obras do pintor Adriano Sousa Lopes.