Em plena época natalícia, torna-se quase impossível, não falar desta festividade. Festividade que agita e move todo o mundo quiçá o Universo. Mundo acelerado numa azáfama em busca de presentes e ausente de si.
Nesta época natalícia, volto aos clássicos da literatura, desta feita, um conto eterno e que transporta uma mensagem de alto valor humano através da sua personagem principal, também esta, transversal e resistente à passagem do tempo. As grandes obras revestem-se desta impermeabilidade. Desta atualidade estonteante. A Humanidade é assim… evolutiva e condicionada em si mesma.
Nesta altura do ano, nunca é demais recordar grandes livros, grandes autores, grandes mensagens. Disseminar os valores subjacentes a esta época através da leitura. Leitura que direciona em nós caminhos infinitos. Caminhos que nos levarão onde quisermos guiados por uma estrela cintilante no céu.
Na fria e nevosa cidade de Londres, na véspera do Natal, todos se preparam para a celebração natalícia. Apenas uma pessoa não parece feliz com o Natal: o velho Scrooge, homem de negócios sovina, ranzinza e solitário que não vê razão para tanta alegria. Mas ele recebe a visita fantasmagórica de Marley, o seu falecido sócio, que se arrepende de ter passado a vida atrás do dinheiro. Ele leva Scrooge numa viagem inesquecível para tentar salvá-lo enquanto é tempo.
Publicada originalmente em 1843, a história da redenção do velho Scrooge é, sem dúvida, o mais célebre conto de Natal, e como em todas as obras de Dickens, a condição humana está expressa revelando aquilo que todos somos, no Natal e sempre.
Um conto de Natal que espelha e renova o verdadeiro espírito de natal.
Um conto de natal que nos mostra que a redenção é possível.
Um conto de natal que transporta a amizade e a generosidade.
Um conto de natal que é uma ode às tradições natalícias.
Afinal, a mudança está em nós, apenas temos que ouvir os nossos fantasmas e libertar aquilo que temos de melhor. O melhor que há em nós. O melhor que temos para oferecer. O melhor apenas e sempre (o melhor).
Os fantasmas, esses, estarão constantemente connosco. Passado, presente e futuro. O que fomos, o que somos e o que seremos (ou queremos ser). Ser no presente, sem renegar quem fomos, mas com os votos de ser alguém melhor no futuro.
Está nas nossas mãos. O mundo está nas nossas mãos. O mundo está nos nossos corações e os nossos corações abertos para o mundo. O natal está em nós, e em nós, está o espírito que vagueará todos os dias do ano. Fazer o natal todo o ano. Transformar e ser transformado. Dar e receber, todo o ano.
A mensagem é esta. Simples e valiosa.
Neste natal, aproveitem para ler o conto e refletir…
Para tod@s um bom natal e um bom natal para tod@s.
” O Natal é um tempo de benevolência, perdão, generosidade e alegria. A única época que conheço, no calendário do ano, em que homens e mulheres parecem, de comum acordo, abrir livremente os seus corações”
Charles Dickens