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Cidadania e Sociedade

ESCREVO PARA O LEITOR, MAS TAMBÉM PARA MIM

Moreira da Silva

Esta já longa caminhada, a desbravar os caminhos penosos, mas gostosos, de escrita para a “BIRD Magazine” teve o seu começo há quase três anos. Já lá vão mais de setenta quinzenas, que originaram mais de sete dezenas de crónicas, onde ilustrei o pensamento e trabalhei a palavra, num fervilhar caótico de vontades e desejos.

Tudo começou exatamente no momento certo, nem antes nem depois.

A minha primeira crónica, que escrevi para a “BIRD Magazine” teve o título provocatório “Eu digo não… e você?”, em que afirmava: Eu digo não à intriga, à tristeza, à inveja, ao fatalismo e ao negativismo. Eu digo não aos extremismos exacerbados e ao pensamento único e politicamente correto. Porque é na liberdade e na diversidade de opiniões que está a evolução do ser humano e das sociedades.

A segunda crónica teve o título afirmativo “Olivença é Portugal. Que ninguém se esqueça!”, onde afirmei: É uma vergonha nacional, Olivença continuar ocupada pelos nossos vizinhos espanhóis. Também é uma vergonha nacional, Portugal nada fazer, para que seja cumprido o Tratado de Viena de 1815, ratificado em 1817 pelos nuestros hermanos. A vontade é muito grande de adaptar um ditado popular português e dizer: com hermanos destes, Portugal não precisa de inimigos. Já está “bem servido”, obrigado!

Nas crónicas seguintes abordei temáticas diversificadas, nas áreas da Filosofia e da Psicologia, mas também da Cidadania e Sociedade, como por exemplo: “O intelectual de pacotilha”; “Bitaite pós-moderno”; “Felicidade é ter um presente de esperança”; “Mitos que atrapalham o nosso viver”; “O fascinante mundo do nosso cérebro”; “Prostituição: discutir ou assobiar para o lado”; “Somos o arquiteto do nosso futuro”; “Viver a vida até à despedida”.

Quando estou pronto para escrever o que me vai na alma, as palavras estão lá, prontas para sair bem lá do fundo da minha corporalidade, prontas para as escrever e as mostrar ao mundo, neste caso através da revista online BIRD Magazine, que tem tido uma excelente recetividade junto de um público heterogéneo, cada vez mais exigente.

As palavras são infinitas e poderosas e convidam a viajar no espaço, muito para lá do horizonte que é possível observar, mas cheguem elas até mim, que eu lhes darei o destino devido. Os meus vocábulos são escritos livremente através das cicatrizes da alma, no silêncio de cada palavra, sem medo de apagar as minhas ideias, sem medo de reescrever os meus pensamentos, mas decifrando o silêncio que fizeram as minhas palavras.

Ao escrever com as sílabas a dançar dentro das palavras flagelo-me no martírio e na exaltação da escrita, o que me faz desejar que as crónicas que escrevo sejam aliciantes, excitantes e, se possível, fascinantes. Escrever é celebrar a vida, por isso é que escrever serve de catarse à minha existência.

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