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Cultura, Literatura e Filosofia

BIRD MAGAZINE: PÁSSAROS DE LIBERDADE

Anabela Borges

Temos a vida preenchida de espaços. E, a espaços, pensamos nisso: reflectimos acerca dos espaços que nos preenchem a vida.

O tempo é esse ser que nos abarca (abraçando) a todos com os seus imensos braços, fazendo-nos prisioneiros de uma era, permitindo um tempo próprio a cada um, feito de passado e presente, que é um flash de futuro (ontem-agora-já).

Relembro o saudoso astrofísico Stephen Hawking, pois tantas vezes penso em algumas reflexões que nos deixou – sobre ser livre e sobre esse segredo de saber estar na vida, o espaço-tempo.

Disse: “não existe tempo absoluto único; em vez disso, cada indivíduo tem a sua própria medida de tempo, que depende de onde ele se encontra e de como se move” (espaço);

Disse: “Ainda que não me consiga mexer e mesmo tendo de falar através de um computador, sou livre na minha mente.”

E tudo isto me fez imediatamente reflectir acerca do aqui e agora que somos, que é um percurso feito de tempo e de espaço e de exercícios variados, entre os quais aquele por que sempre a humanidade se tem debatido: a liberdade.

A BIRD Magazine é isto: espaço e tempo de liberdade – pássaros de liberdade.

A minha participação neste espaço de opinião, por um período que já teve tempo para ganhar asas, cerca de 150 crónicas depois (!), tem constituído uma imensa aprendizagem. É uma aprendizagem sobre o que me rodeia – das coisas mais banais, fait-divers, às mais complexas – sobre o exercício de liberdade de opinião e sobre mim, já que me leva a reflexões, que, de outro modo, se não fosse convidada a reflectir, periodicamente e com um compromisso assumido, talvez não me visse na urgência de as exercer. E também de pouco serviria a partilha dessas reflexões se não fossem as leituras, os comentários, pontos de vista daqueles que seguem atentamente a BIRD: os leitores.

Espero, por isso, poder continuar a ter a força e a vontade de partilhar com quem lê a BIRD Magazine estes pedaços de mim, que por vezes não passa disso: pedaços quebrados do ser (humano) frágil e falível que sou.

Cada vez mais diversificada, na variedade de áreas de formação e interesse dos seus cronistas – pássaros de liberdade –, o que se tem traduzido, inevitavelmente numa grande diversidade de temas, a revista BIRD Magazine cresceu, e está cá para durar.

Ao Ricardo Pinto, o mentor e editor do projecto, devo o convite, que surgiu com base num programa temporário, e… voilá! permaneceu até hoje. Decorrido todo este tempo, só posso dar os parabéns ao editor, aos cronistas, aos seguidores, a este conjunto de pessoas e circunstâncias que permitem que o projecto se mantenha vivo e de boa saúde, que o Ricardo carinhosamente denomina “família BIRD Magazine”.

E assim nos encontramos, ontem e hoje, aqui e agora-já, futuro também, neste tecido recurvo que é o espaço-tempo, matéria e não-matéria, naquilo que as nossas capacidades atingem e em muito do que está fora do nosso alcance.

Lembrando Hawking, temos esta vida para apreciar os grandes projectos a que nos dedicamos, dentro do imenso projecto do universo. Sou grata por estar aqui.

Bem-haja, família BIRD Magazine!

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