Guimarães é, sem dúvida, uma das cidades mais lindas que conheço.
O centro Histórico provoca-nos uma espécie de nostalgia, como se algures, num tempo fora do nosso tempo, tivéssemos sido parte daquele chão, daquelas pedras.
Visitei, também o Palácio dos Duques.
Passaria lá, perfeitamente, uma manhã, em silêncio, a observar, a admirar: a absorver.
Embora me faltasse esses silêncio, e o tempo (e ainda carregava no colo a minha princesa), reti o que pude:
Beleza, história, arte e beleza.
E pormenor, detalhe e beleza.
E minúcia, cuidado, e beleza.
E grandeza, passado, e beleza…
E devem estar a pensar que sou uma tonta por estar sempre a referir o mesmo.
Não (pronto, até poderei ser, mas…), ali a arte é BELEZA, é detalhe, tempo, é paciência … É a busca da perfeição.
Do orgasmo dos olhos, dos sentidos.
Actualmente, o conceito de arte é um bocado estranho.
“Tudo” é arte.
Porque todos têm pressa.
Pressa de construir, de definir, de admirar.
E a paciência é uma arte que não se estuda.
E a busca da perfeição, do belo, do divino, perdeu-se em alguma viela do tempo.
E ninguém tem tempo de ir procurá-la.
E resgatá-la.