Márcia Pinto
“Assim, à medida que envelhecemos, deixamos de ter tempo e paciência para a falta de sinceridade. Aprendemos que é melhor ter poucos amigos mas sinceros, do que ter muitos mas baseados em sentimentos superficiais.”
Há uns tempo li que há estudos feitos que comprovam que a partir dos 25 anos de idade as pessoas tendem a diminuir o número de amigos. Achei curioso porque fazendo uma introspeção o mesmo aconteceu comigo.
Durante a infância e a adolescência temos a necessidade de estar rodeados de amigos, isso faz de nós mais populares, mais sociáveis. Nessa fase queremos absorver tudo e todos, apesar de existir uma “triagem natural” pois, há pessoas com as quais não nos identificamos. Tentamos criar laços com pessoas que tenham alguns pontos em comum connosco.
Contudo, com o passar dos anos os pontos comuns por vezes desaparecem, desgastam-se e podem até desatar, porque os interesses diversificaram-se e o fio comum que os mantinha juntos é eliminado.
Desta forma, com a idade vem a experiência. Na vida somos muitas vezes postos à prova, conforme envelhecemos, percebemos que existem alguns amigos que nos apoiam mesmo nas fases difíceis. Então aprendemos só a contar com esses e deixamos de ter tempo para as pessoas que não estavam lá quando precisamos.
Assim, à medida que envelhecemos, deixamos de ter tempo e paciência para a falta de sinceridade. Aprendemos que é melhor ter poucos amigos mas sinceros, do que ter muitos mas baseados em sentimentos superficiais.
Neste sentido, existem amigos que se vão afastando, quase que de uma forma natural, mas existem aqueles que ficam connosco no bom e no mau. E é nesta partilha de vivências, com os que ficam, que criamos verdadeiros laços de amizade. É um tipo de vínculo que se vai formando ao longo da vida.
Deste modo, à medida que os anos passam tornamo-nos mais ocupados, assumimos mais responsabilidades. Um marco importante é a constituição da nossa família, nessa altura percebemos que o nosso tempo fica mais limitado, mais precioso e começamos s valoriza-lo mais e, assim, não o queremos gastar com amigos cuja companhias não é prazerosa. Economizamos o nosso tempo para os amigos que realmente importam e que nos acrescentam algo de bom.
Como alguém disse: “Quer ver quantos amigos tem?! Dê uma festa. Quer ver os amigos verdadeiros?! Fique doente.”