
Ricardo Pinto
O antigo mobiliário voltou ao Mosteiro de S.Gonçalo, em Amarante.
Tudo começou na primeira quinzena de outubro, quando o altar, o ambão e a cadeira presencial foram substituídos por mobiliário branco, de linhas modernistas. Este seria um mobiliário de transição até à colocação do final previsto, um mármore rosa.
Porém, a população crente e não crente não deixou passar a ideia: “Não sendo crente, sou, no entanto, uma acérrima defensora do respeito por um património local, nacional, mundial, que foi sendo acumulado ao longo dos milénios, dos séculos, dos anos e que nos foi legado por quem nos antecedeu nestes espaços que hoje são calcorreados por nós, mas que, não tarda nada, serão percorridos e apropriados por outros, nossos descendentes”, escrevia a professora amarantina, Anabela Magalhães.

O descontentamento passou para a imprensa nacional, designadamente, nos órgãos de impressa escrita, onde se contestava a retirada do mobiliário do século XVI.
Quatro meses depois da polémica instalada, o mobiliário precedente é reposto, tal como documentam as fotografias. Há quem questione se “não virá nada pior”, ou se é para manter o que agora se apresenta.