José Castro
Desde 2013 por proposta do Butão na Organização das Nações Unidas em 2012, que se comemora o Dia Internacional da Felicidade. No relatório Mundial da Felicidade de 2019, que analisa o “bem-estar” da população em 156 países, Portugal ocupa o 66º lugar. Os lugares do pódio são ocupados pela Finlândia, Dinamarca e Noruega. Há pois um longo caminho a percorrer por aqueles que mais responsabilidades sociais têm. Esse caminho passa pela utilização da “tecnologia do óbvio”. Esta consiste em:
Identificar o melhor;
Estudá-lo;
Imitá-lo;.
Superá-lo.
Assim, que os responsáveis pelas políticas educacional, de saúde, económica, ambiental, etc e os gestores das entidades que mais “riqueza produzem”, possam buscar o que de melhor se faz em cada setor e o possam implementar (com as devidas adaptações) de forma justa e ética no nosso país! Afinal, estamos a caminhar numa direção que seja consensual ou comprovadamente mais profunda, justa e ética para todos os Seres? Ou andamos meramente em círculos, onde por cada “volta” se desvia mais dinheiro, aumenta a corrupção, a desigualdade, a descriminação, o descontentamento e a indignação?
Por muito subjetivo que seja o conceito de bem-estar individual, que nos dá a perceção de Felicidade, obviamente esta implica numa primeira fase a garantia da sobrevivência, o direito a uma vida digna com índices de conforto apropriados. Infelizmente constatamos que a distribuição da riqueza a nível mundial é demasiado assimétrica. Em 2017, segundo a Oxfam, 80% da riqueza mundial estava nas mãos de apenas 1% da população. Para piorar ainda mais, o número de multimilionários aumentou e destes, 9 em cada 10 são homens. Também se sabe que garantidas as condições mínimas de conforto e bem-estar das populações (deveria ser a principal preocupação do governo de qualquer país) o aumento da riqueza não é garante do aumento de “felicidade.”! Isto significa que a perceção da “felicidade” está condicionada às lentes (condicionantes culturais, religiosas, educativas, familiares, económicas, etc) que nos colocaram ou deixámos colocar! Para quando substituí-las pelas da (o):
Partilha?
Voluntariado na causa animal ou humana”?
Leitura enriquecedora?
Otimismo realista?
Convívio com amigos?
Fazer exercício físico?
Aceitação e tolerância”?
Dedicar-me ao meu passatempo?
Cidadania ativa?
Vou conhecer-me?
Saber Viver?
Quais os meus sonhos?
Vou fazer ainda melhor?
Hoje vou ser Feliz!
(…)
Assim caro leitor, se é daqueles que até já tem índices de conforto, habitação, trabalho e saúde, de que está à espera para ser Feliz? E não se esqueça de partilhar!