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CRÓNICA DE UM PORTUGUÊS NA GRÉCIA

Rui Canossa

Desta vez fui até à Grécia, primeiro em Atenas e depois Santorini. Que viagem inolvidável!

Primeiro foi Atenas a capital e a maior cidade da Grécia. A cidade domina a região da Ática e é uma das cidades mais antigas do mundo, sendo que o seu território está continuamente habitado há 3400 anos. A Atenas Clássica, do período da Grécia Antiga, foi uma poderosa pólis (cidade-Estado) que surgiu em conjunto com o desenvolvimento do porto de Pireu. Um centro artístico, estudantil e filosófico desde a Antiguidade, a cidade sediou a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles, além de ser amplamente considerada como o berço da civilização ocidental e da democracia. Como é óbvio é um daqueles destinos turísticos mais procurados A herança da era clássica ainda é evidente na cidade, representado por antigos monumentos e obras de arte, sendo o Partenon o mais famoso de todos, considerado um marco fundamental do início da civilização ocidental, situado na Acrópole que domina a cidade. Ficámos no centro da cidade, no Hotel Delphi Art, bem perto da estação de metro de Omonia. Sempre que vou para uma grande cidade, o metro é a minha opção pela facilidade de deslocação. A apenas uma estação, a de Monastiraki, zona bem conhecida por sua série de pequenas lojas, restaurantes típicos e mercados, bem como pela feira ao ar livre e estamos na Biblioteca de Adriano, perto do Hard Rock de Atenas. Depois é só subir atá lá acima à Acrópole, património da Humanidade e fazer a visita aso seus monumentos. A gastronomia é rica, à base de porco e galinha, pastas e outras iguarias. Pergunto sempre no Hotel onde fico onde se pode comer bem e não pagar demasiado e costuma resultar. Em Atenas fomos várias vezes ao “Alexandre o Grande”, cujo dono, Alexandre, homem robusto, que em tempos trabalhou nos cruzeiros que passavam pela Madeira, nos recebeu muito bem e com um carinho assinalável, tal como a sua filha mais nova Josefina. Aliás, os gregos de uma forma geral, habituados ao turismo, são pessoas simpáticas e afáveis. E o costume, pelo menos foi assim connosco, oferecem as bebidas e as sobremesas.

Também, não deixe de ir ao Parlamento, local de tantas manifestações recentes e ao render da guarda, podendo depois descer a Avenida e deliciar-se a fazer compras.

No dia da partida de Atenas fomos até ao Porto de Pireu, onde apanhámos um ferry boat de enormes dimensões, de seu nome Champion Jet 2, da companhia Seajets, destino a Santorini, com paragem em Míkonos e Naxos. A viagem demora cerca de cinco horas, mas o conforto a bordo, a paisagem e a possibilidade de subir aos decks e tirar umas fotografias no mar compensam a demora.

Santorini é a ilha que conquista a nossa imaginação e sonhos, muito antes de captar o nosso olhar. A sua beleza natural imponente e a sua arquitetura, o seu famoso pôr-do-sol, os hotéis com piscina privativa são de tirar o fôlego, logo que o viajante põe os pés em Fira, ou Thira, a capital que deve o seu nome ao líder dos lacedemónios. A ilha foi nomeada de Santorini pelos venezianos, como referência a Santa Irene, Aghia Eirini em Grego, que era a igreja da planície de Thirasia.

Alugue um carro, assim poderá conhecer à sua vontade toda a ilha. Faça, de acordo com o tempo que tiver dois roteiros fundamentais. Primeiro vá a Firostefani, que quer dizer qualquer coisa como a coroa de Fira, depois mais a norte pare em Imerovigli e desfrute. Desfrute da vista para a ilha de Nea Kameni, ou vulcão, e veja as casas todas brancas, com os típicos telhados azuis. Imerovilgli, significa, o guarda de dia, que de acordo com o que reza a lenda, havia um sino aqui e que era tocado pelo vigia quando ao longe avistava os piratas. Diz-se que toda a ilha ouvia o sino. Depois, vá mais para o norte até Oia, o lugar do famoso pôr-do-sol. Aqui pode desfrutar das lojas, das igrejas, dos cafés, dos restaurantes, enfim, de tudo o que tem direito, mas a paisagem, essa é soberba.

Roteiro para o segundo dia. Pegue no carro e vá até Pyrgos, vila tradicional, subir, por ruelas até ao Castelo e desfrutar da paisagem. Almoce no Jonnhy´s, onde a Daniela, jovem búlgara, o receberá de sorriso aberto num ambiente bonito e acolhedor. Depois pegue no carro porque é sempre a subir até ao ponto mais alto da ilha onde poderá contemplá-la na sua totalidade. De seguida vá até Megalochori, vila de vinhas velhas e baixas, junto ao chão e em forma redonda, para melhor fazerem face às intempéries, onde poderá fazer degustação de vinhos. Depois vá até Perissa onde poderá desfrutar das praias de areia preta, Black Beach, como lhe chamam, devido à origem vulcânica da ilha.

No terceiro dia, vá até Akrotiri, e às escavações que se estimam ser as primeiras colonizações da europa. Não foi muito fácil dar com o sítio mas se perguntar os gregos são muito solícitos, até porque fica a caminho da famosa praia vermelha. Finalmente, vá até ao farol, ao sul da ilha de onde terá, mais uma vez uma vista lindíssima onde poderá observar o círculo que a ilha faz.

Não se esqueça de viajar. “Morre lentamente quem não viaja” Pablo Neruda

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