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Saúde e Vida

1 EM CADA 4 MULHERES SOFRE DE DEPRESSÃO

Antonieta Dias

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns.

Estima-se que uma em cada quatro mulheres sofre de depressão e um em cada dez homens possam ter crises de depressão ao longo da sua vida.

As crianças não estão excluidas de ter este sindrome.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), aponta que pelo menos 30% da população Mundial sofrerá de algum episódio de depressão ao longo da sua vida.

Apesar desta doença ser diagnosticada muitas vezes só na idade adulta, os estudos apontam que cerca de 50% dos adultos com depressão relataram que o inicio dos sintomas teria sido por volta dos 18 anos.

Em Portugal as estimativas apontam para valores de 2 a 3% de incidência nos homens e de 5 a 9% nas mulheres para as depressões mais graves e de 20 % para as formas mais ligeiras.

A depressão é um dos principais problemas de saúde no mundo desenvolvido.
A depressão é uma doença psiquiátrica, cujo mecanismo pode ser desencadeado por fatores: genéticos, biológicos, psicológicos ou ambientais.

Apesar dos estudos científicos realizados até à data não terem fornecidos dados seguros que permitam garantir qual deles exerce mais influência, o importante é detetar os sinais que indiciem o seu aparecimento e tratar atempadamente, pois é uma doença que pode passar despercebida.

A depressão é uma perturbação do humor onde a tristeza pode ser dominante, mas devemos excluir o sentimento de tristeza que está associado a acontecimentos menos bons do nosso dia a dia pois esse tipo de tristeza é reativo, temporário e não é incompatível com uma vida normal.

Quando a tristeza se instala na pessoa de forma continua, num periodo nunca inferior a quinze dias e sem aparente motivo para a sua existência poderá traduzir o primeiro sinal da instalação da doença.

Outros sinais devem ser pesquisados os quais passam pela existência de insucesso escolar ou laboral (isolamento, insociabilidade) , mudanças de comportamento ( mau humor, irritabilidade, tensão ou agitação, sensação de aflição, preocupação, receios infundados, diminuiçao da energia, fadiga e lentidão, perda de interesse e prazer nas atividades de vida diaria, tristeza, perturbações do sono, do desejo sexual, ou do comportamento alimentar), dores de cabeça,, perturbações digestivas, dor crónica, mal estar geral, baixa autoestima, ideação suicida, ausência de planos para o futuro ( apatia, insegurança, sentimento de medo e ameaça), prazer despertado apenas no mundo virtual, sentimentos de culpa e de auto-desvalorização, alterações da concentração, do racionio ou da memória, são manifestações importantes para as quais devemos estar atentos e que nos indiciam o aparecimento da depressão.
Segundo a Organização Mundial de Saúde ( OMS) o suicídio representa 1.4% de todas as mortes em todo o mundo.
De acordo com a mesma fonte o suicídio é a segunda causa de morte entre os jovens de 15 aos 19 anos.

A depressão não tratada aumenta o risco de suicídio, sendo necessário iniciar a terapêutica o mais precocemente possível, que pode ser farmacológica ou não.

Nem todos os casos de depressão implicam a utilização de fármacos, os casos mais leves, poderão ser tratados apenas com psicoterapia a qual poderá envolver também a família.

Compete ao médico psiquiatra escolher de forma individualizada a melhor opção para o tratamento, o qual irá depender da tipologia do doente, da forma como se manifesta e do grau de gravidade da depressão.

Estes tratamentos habitualmente são prolongados, envolvem o apoio da familia e da sociedade em geral.
Em Portugal temos vindo a assistir a um aumento dos sindromes depressivos que têm por base nalguns casos, o limiar de pobreza pessoal, familiar, insitucional e social das pessoas, que carecem de bens essenciais.

Ninguem é feliz se não tiver o minimo de condições para viver com dignidade.

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