Ricardo Pinto
É já no próximo sábado, dia 6 de de julho, que se assinala a VII edição da Festa Amarantina.
Tudo começou com uma ideia dos moradores. Esses moradores contaram a amigos, os amigos chamaram os conhecidos e, assim, ano após ano, toda a comunidade [local] se envolve no festão que se assinala por toda a Rua da Cadeia, Largo de S. Pedro e por “todas as quelhas”. Cultura, Música, Arte… tudo reunido num só espaço…

Anabela Magalhães, AM, é um dos elementos da organização e com ela recuamos no tempo para perceber como, ano, após ano, tudo foi crescendo em proporção até esta edição.
“Uma boa vizinhança distingue-nos, por aqui, pela Rua da Cadeia e permite-nos até sonhar já com a próxima Festa Amarantina, cozinhada entre vizinhos, de perto e de longe, que se respeitam e se querem bem.”
Como se explica o amor a uma rua? Como se explica um sentimento de pertença que é recíproco?

“É que esta rua, em que habito desde a mais tenra idade, é minha, mas é igualmente verdade que eu sou dela, pertencendo-lhe por inteiro”.
A partilha: Todos se envolvem

“A Amarantina prepara-se em várias frentes. Enquanto uma equipa trata do programa, outra equipa arma-se em brigada de limpeza e, de vassoura em punho, toca de varrer as ruas de piriscas e afins! Enquanto a professora varre com afinco a calçada amarantina, os alunos admiram o seu trabalho, lançam-lhe olhares de incentivo e, no extremo gritam-lhe palavras de ordem assim como a rapaziada faz no estádio!” As dinâmicas que se criam à volta de um evento/festa com as características da Festa Amarantina são deveras interessantes e é ver a vizinhança mais alargada, vizinhança que vive muito para lá da rua, a perguntar aqui pelo Facebook – Precisais de ajuda?”
Várias portas se abrem

“Os moradores abrem as portas das suas casas, fazem abrir portas de casas devolutas, os moradores e amigos dos moradores fazem acontecer coisas esperadas e inesperadas que passam pelos concertos, instalações, exposições de fotografia, pintura, escultura, brinquedos, e ainda cinema, teatro, corridas de aviões de papelão, falos voadores, apresentação de livros… e ainda fazem uma hora do conto e há a banda a passar e os residentes e amigos desta rua a gargalhar… e sim… também a trabalhar a arte de bem receber… que não pode esgotar-se neste dia.”
As surpresas que vão aparecendo

BERG. Assim foi em 2015. “O rapaz é um seis estrelinhas que vibrou com o espírito da Festa Amarantina, apresentou o concerto de rock dos Anonimals e o concerto de hip hop do Equilíbrio e Amigos das varandas da Porta 30, apreciou a poesia declamada pelo Ricardo Cunha, deambulou pela festança, apresentou os Capitão Mocho, delirou com a Viola Amarantina e o seu fazedor e tocadores José Eduardo Costa e Cândido Costa, entusiasmou-se com os Sésamos, cantarolou a “Chuva” num dia de canícula até dizer chega, deixou-se fotografar à toa com uma boa parte dos Amarantinos presentes na Festa, que não deixaram de lhe dar provas de muito carinho e recebeu até, orgulhoso, das mãos do nosso Presidente da Junta, professor Pinheiro, o certificado de Amarantino de Excelência.”
Este ano os eventos culturais continuam a marcar forte presença. Destaque para a Amarantina Agustina.

A cronista da BIRD Magazine, Anabela Borges, é uma das convidadas da edição de 2019. Nesta edição os mais novos também são chamados à festa, dando mote ao adágio de que “é de pequenino que se torce o pepino”.

Um das bandas residentes – Capitão Mocho
E Amarantina que é Amarantina faz-se de misticismo, por isso, dado que ainda não há programa oficial, que aparecerá lá para o fim de semana, segundo fonte oficial, eis alguns destaques:
