José Castro
As férias, se ainda não chegaram, estão provavelmente a chegar para si, caro leitor. Numa reação imediata ao trabalho, apetece ficar a “pastar” o tempo todo! Claro que sabe bem “não fazer nada” e no dia seguinte continuar …mas muito tempo sem fazer nada…cansa! Será essa a forma mais saudável de usufruir das férias?
Outras alternativas existem, pois terá esse tempo livre para fazer algo que deseja, como o seu passatempo preferido, estar mais com a família, amigos ou conhecer novos locais e culturas.
É fundamental a pausa da atividade profissional e recuperar física, psíquica e espiritualmente. Mas será que isso acontece?
Provavelmente já lhe ocorreu regressar de férias cansado e mencionar a tal frase “ agora é que uns dias de férias é que sabiam bem!” A somar a tudo isto o stress por antecipação da chegada iminente da “rotina” do trabalho. As emoções negativas, relativas ao trabalho, que tinham ficado escondidas pelas distrações das férias, parecem que regressaram todas juntas! Assim, o estado de esgotamento “mental” do regresso ao trabalho está muito próximo ao do último dia antes das férias!
Afinal, o que representaram para si? Por que é, que nem sempre o dito descanso, nos dá a tranquilidade e o entusiasmo para Viver?
Afinal, não são as férias em si que nos “fazem bem.” mas sim o estado mental e emocional com que as vivemos. Podemos ir até ao “fim do mundo,” ver coisas nunca vistas, mas passado o tempo da distração e da novidade, regressamos ao “mapa mental” em nós instalado inconscientemente. E aí constatamos que todos os problemas que tínhamos, as emoções negativas vividas e sentidas nos acompanharam sempre. Para piorar a situação, os únicos momentos que tem mesmo só para si, em modo automático na vida (os momentos antes de adormecer) aproveita para pensar e centrar-se (mais uma vez) nas situações complicadas da vida, levando a um diálogo interno nocivo que funciona como programação do inconsciente!
Assim caro leitor aproveite as férias também para fazer a viagem mais radical de sempre. A viagem de ir ao seu encontro, ao seu interior. A viagem de olhar frente a frente as suas sombras. A viagem da aceitação do que é, do que sente, sem remorsos e culpa. A viagem para desaprender um conjunto de conceitos limitantes e desprogramar uma série de “automatismos” que o impedem de evoluir. Desenvolver e potenciar a sua Inteligência Emocional e Espiritual poderá ser um fator fundamental para estar bem consigo próprio e com os outros. Assim, sentindo-se mais leve, mais positivo, mais entusiasmado com a atividade de Viver, poderá efetivamente aproveitar todas as novidades das suas férias e regressar efetivamente mais rico, mais completo, mais feliz e, já agora, mais descansado.