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Cidadania e Sociedade

CONHEÇA O QUARTO MAIOR CONSTRUTOR MUNDIAL DE AUTOMÓVEIS

Rui Canossa

Se calhar já ouviu falar da megafusão que o Grupo Peugeot (PSA) e a Fiat Chrysler Automobile (FCA) vão fazer tornando-se o quarto maior construtor mundial de automóveis. O que talvez ainda não saiba é que é um português que vai ser o líder, o CEO, do novo grupo.

A companhia que agora surge desta fusão, algo muito comum no setor automóvel, vai ter de gerir 13 marcas, a Peugeot, Citroen, DS, Opel, do lado francês e do lado americano a JEEP, Chrysler, Dodge e RAM, sendo que as italianas são a FIAT, Alfa Romeo, Lancia, Maserati e Abarth. Sá não têm de gerir a Ferrari que fez uma cisão e comprou as suas ações.

O ranking é dominado pela Toyota seguida da Volkswagen e o pódio é completado pela Ford.

O novo grupo vai representar 8,7 milhões de automóveis vendidos, pelas 13 marcas, 400 mil funcionários e um volume de negócios de 170 mil milhões de euros. Mas, porque se fazem fusões e aquisições? Pois bem, a resposta passa naturalmente para obter economias de escala, economias ou poupanças que se obtêm nos custos unitários à medida que a escala de produção aumenta. O segredo está nas plataformas, nos chassis, nos motores que são produzidos na mesma fábrica e servem para alimentar todo o grupo. Às vezes até para vender motores para outras marcas, como a Peugeot já faz ao vender motores para a BMW ou para a Jaguar. As contas já estão feitas e estima-se que as sinergias entre os dois grupos entre partilha de plataformas e as compras de componentes poderão significar poupanças de 3.7 mil milhões de euros. Depois é pela conquista de novos territórios. Por exemplo, a faturação dos EUA representa 5,7% das vendas do grupo PSA, assim, e com esta fusão, a Peugeot pretende uma maior presença da marca nos EUA. Os lucros da PSA foram de 3,3 mil milhões de euros, já incluindo, os resultados positivos da Opel, empresa comprada em 2017 aos americanos da General Motors onde desde há décadas dava prejuízos.

Em Portugal, a quota de mercado da PSA é de 23.4% tendo vendido quase 64 mil veículos sendo que a Peugeot vendeu 23 mil unidades. Do lado da FCA, 66% da faturação é nos EUA, o que muito contribuiu para esta megafusão. A FCA teve 3.6 mil milhões de euros de resultados líquidos, e, nos EUA, conseguiu ter uma margem de lucro por carro vendido superior a 10% ultrapassando inclusive a GM e a Ford. A quota de mercado em Portugal é de 8.1% com 22 mil carros vendidos sendo que a FIAT é responsável por 14 mil desse valor.

Finalmente uma palavra para Carlos Tavares, o gestor português que será o futuro CEO da nova empresa. Começou a sua carreira na Renault em que foi responsável pelo desenvolvimento do Mégane. Chegou a número dois da estrutura de topo da empresa, mas, em 2013, assumiu a presidência do rival francês PSA. Não só retirou o grupo do vermelho, como conseguiu comprar e recupera a Opel.

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