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A ESSÊNCIA DO NATAL

Moreira da Silva

O Natal é um feriado religioso cristão originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte. É o ponto de viragem das trevas para a luz, o renascimento do Sol, pois é a partir desse dia, que o sol fica visível no céu cada vez mais tempo, até ao auge do verão.

A essa festividade foi dado um novo significado pela Igreja Católica, no século IV, através do papa Júlio I, que fixou a data de nascimento de Jesus de Nazaré a 25 de dezembro. Nos países eslavos e ortodoxos, cujos calendários eram baseados no antigo calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro (cristãos ortodoxos) ou no dia 6 (cristãos arménios), data que depois foi sendo associada à chegada dos três Reis Magos.

Na segunda metade do século XXI, ainda existem países cujas celebrações do Natal têm sido desencorajadas, reguladas ou totalmente proibidas, mesmo para as comunidades cristãs que vivem nesses países. Em muitos países islâmicos e muçulmanos, como a Argélia, o Irão, a ex-república soviética do Tajiquistão (no coração da Ásia), assim como na Arábia Saudita, berço do islamismo, onde ninguém pode celebrar o Natal, pois isso viola os mandamentos do Alcorão, mas também o regime norte-coreano de Kim Jong-une não permite qualquer celebração para os cristãos e, no dia 24 de dezembro, diz que a população deve celebrar o nascimento da “Mãe Sagrada da Revolução”, a mãe do ex-líder Kim Jong-il.

A época de Natal é mágica, pois é uma época festiva cheia de paz, alegria, cor e luz, em que os nossos corações estão mais recetivos e disponíveis para a reflexão sobre a vida, para a solidariedade, para o perdão, para a bondade, para o amor, para a felicidade. Só que elementos estranhos à essência do Natal penetram na comemoração desvirtuando ou até fazendo perder o sentido da festividade. A essência do Natal é Jesus de Nazaré, que assumiu a condição humana e elevou-a à dignidade divina.

Não se deve perder a essência do Natal, nem nos devemos perder entre os presentes nem desvirtuar o Natal nas barbas do Papai Noel, nas iluminações ou na árvore colorida com luzes a cintilar. Devemos discernir a essência do Natal, sem nos distrairmos com os artefactos pirotécnicos que envolvem as festas natalícias. A essência do Natal deve fazer morada no nosso interior, mas depois tem que ser projetada para o exterior.
Natal é vida! Natal é a época do ano em que as nossas esperanças são renovadas. Natal é época de fraternidade e união. Devemos aproveitar para comemorar o Natal, com o coração repleto de sentimento, pois é tempo de harmonia, de renovação, família e muitos risos. A felicidade é viver o Natal com amor e alegria no coração. E tentar que assim seja o ano todo.
Votos de um Feliz Natal e um fantástico ano de 2020.

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