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EFEITO BATOM

Clara Morais

O batom está entre os cosméticos mais favoritos de milhares de consumidores.

Já ouviu falar de “Efeito Batom”?

Consta que em plena recessão de 2001, o presidente da “Estée Lauder Companies”, que é o maior grupo norte americano de cosmética de luxo e terceiro maior do mundo, reparou que, após o ataque ás Torres Gémeas, a 11 de Setembro, estavam a vender-se mais batons do que o habitual. Uma constatação que assumiu a denominação “lipstick effect” (efeito batom) e passou a ser um indicador seguido pelas empresas do sector, bem como um objeto de estudo sobre essa dinâmica.

Surgiu uma teoria que defende que quando há menos dinheiro disponível para luxos e gastos supérfluos, as mulheres canalizam os gastos para compras de menor valor, que lhes dão igual sensação satisfação e  reforço da auto estima, em períodos de crise e de incerteza. Se não podem comprar uma jóia, uns sapatos ou uma carteira, um batom novo funciona como uma espécie de renovação de aparência e impulsionador de humor, a um custo relativamente  baixo.

Um estudo norte americano, de 2012, concluiu que é justamente em períodos de crise que cresce a busca e compra de cosméticos, inclusive de luxo.

Para chegar a esse resultado, a pesquisa relacionou dados económicos dos últimos 20 anos nos Estados Unidos com os gastos da população em diversas categorias de produtos. A constatação foi que, em épocas de crise económica, há uma queda na compra de bens imóveis e produtos electrónicos, enquanto cosméticos e artigos que ajudam a melhorar a aparência e a imagem são mais procurados.

Este fenómeno, denominado “Efeito Batom”, tem algumas explicações. Há economistas que defendem que nestes contextos o consumidor troca a compra de bens duráveis por artigos mais acessíveis (mais “em conta”).

Com os juros mais altos, a tendência é adiar a troca do carro, a compra do apartamento, a viagem de férias, mas não se abre mão de produtos de cuidados pessoais.

Há ainda quem diga que o chamado “Efeito Batom” atinge mulheres que, quando se deparam com a situação de desemprego e recessão, investem em produtos de beleza sofisticados, a fim de melhorar a aparência e realçar os seus pontos fortes. Isso poderá projectá-las no mercado e mesmo ajudar em novas conquistas.

Este fenómeno certamente não é algo totalmente consciente para muitas mulheres.

Mas uma coisa é certa, cuidar da pele, do corpo, investir em maquilhagem, dá um “up” na imagem e na auto estima.  Mais seguras, as pessoas sentem-se mais capazes de ir á luta, investir, crescer.

Mas o ideal é não esperar que a crise chegue  para se cuidarem, e melhorar o visual. E isso, afinal, pode ser um trunfo diário! Na realidade,  nunca se sabe quando uma boa oportunidade lhe vai bater à porta!

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